Trocando o mood de doce pra irado, sim porque eu não posso JAMAIS esquecer que no fundo, no fundo, sou uma espécie de peste consumada, o fato é que escrever espontaneamente, ganas de escrever, já não tenho há tanto tempo devido dois pontos: ao excesso de encargos estúpidos e serviços idiotas, condições objetivas adversas (vide “Os Últimos Dragões”), (maus) hábitos, preguiça, esquecimento, falta de gás – enfim, um pouco de tudo isso junto.
Lembrando o que dizia Caio F.: algo que nos convida diariamente a desistir, porra. E ainda por cima o Diogo Mainardi filhadaputamente na globosat ou coisa assim a definir “escritor” a partir dos seguintes adjetivos: “inexistente”, “dispensável”, “sem importância na sociedade atual”. O filho da puta, dispensável, é ele.
Ele & despachantes afins (Mainardis & outros merdas – o trocadilhos foi irresistível) que pululam mercadologicamente entre Leipzig, Passo Fundo, Tóquio, Frankfurt & Paraty via rede Bobo voo direto sem escalas para o Esquecimento.
“Inspiração” é o que não deve faltar a tais elementos (Mainardis, Galenos, Manoéis da Costa, Mervais, Cuencas & Company) – na mesma medida da absoluta falta de talento, algo totalmente escasso dentro & fora do Mercado, porque, falando francamente, caras geniais como Mirisola ou André Santanna não dão exatamente em árvores nem como chuchu na serra, até porque infelizmente o gênio não se fabrica em série.
Sujeitos realmente geniais são raros – raríssimos.
Afinal, se por um lado, a natureza é essencialmente seletiva, por outro, também abomina o vácuo, donde a proliferação de mediocridades.
Aliás, a respeito, ler por favor Sérgio Miceli, Intelectuais à Brasileira – S.Paulo, Companhia das Letras, 2001 – em que se explica direitinho a quem, como e por que se premia os chamados “ornamentos críticos da sociedade brasileira” desde a República Velha, tipo gente que entra na ABL sem ter nenhum livro publicado, mas em compensação muitos e bons serviços prestados à oligarquia no poder, fato que ocorre até hoje, donde o Merval Pereira.
A questão é rigorosamente quantitativa: como os medíocres são LEGIÃO, escritores de real talento passam muitas vezes batido perante o público. Pior. São “oficial e convenientemente calados”.
Afinal, ninguém dessa massa amorfa quer se expor a comparações humilhantes, não é mesmo?
De forma que, mais do que nunca, triunfam as nulidades.
Fodam-se.
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