O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, negou pedido do governo para ter acesso aos depoimentos prestados por Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, mediante acordo de delação premiada. Costa citou nomes de políticos que teriam recebido propina de esquema de corrupção apurado na Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em março deste ano.
A decisão foi comunicada nesta quinta (18) ao ministro José Eduardo Cardozo (Justiça). Em ofício, Janot argumentou que o caso está sob sigilo, considerando o acordo de delação.
Por determinação da presidenta Dilma Rousseff (PT), o governo sustentou que precisava ter acesso a informações oficiais sobre os depoimentos para tomar providências em relação servidores envolvidos.
Outros órgãos do governo tentam na Justiça Federal acesso aos depoimentos para identificar a participação de servidores no esquema. A CPI mista da Petrobras também tenta acesso às revelações feitas pelo ex-diretor. Os nomes dos políticos que teriam sido revelados por Costa foram reproduzidos em reportagem da revista Veja no início deste mês.
De acordo com o “Jornal Nacional”, da TV Globo, Costa confessou ter recebido R$ 1,5 milhão de propina no processo de compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. A aquisição resultou em prejuízo para a Petrobras.
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