Em pouco mais de três anos como senador, Mão Santa proferiu discursos memoráveis. Alguns deles contêm passagens, digamos, atrapalhadas, mesmo inseridas em seu contexto. Muitas vezes, são simplórias. Noutras, irônicas. Com freqüência, não é fácil discernir se ele está falando sério ou debochando.
Algumas amostras do estilo Mão Santa:
“Senadora Heloísa Helena, sem dúvida nenhuma, Sócrates, o filósofo que orientou a antiguidade, ensinou humildade quando disse: ‘Só sei que nada sei’. Peter Drucker, que é tido como o Sócrates do mundo moderno, no seu livro Liderança para o Século XXI, diz o seguinte: ‘Não tem liderança. Não vai existir liderança se não houver integridade, credibilidade, honestidade e confiança’. E isso ‘acaboooô’, como canta Ricardo Chaves na Bahia. Acabou com Ali Babá e os 40 Ladrões.”
“Há um orgulho maior do que ser senador: ser um homem do Piauí. Eu queria aproveitar esta oportunidade para dizer que o Piauí é apenas diferente. Dos 27 estados, o Piauí é o que teve o melhor comportamento na nossa história. Este Brasil é grandão por causa do Piauí”.
“Ó Suplicy, desligue o telefone. Nós já escapamos da Marta, por respeito a Vossa Excelência, pelo seu prestígio na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos).”
“Senador Ney Suassuna, V. Exª aproxima-se de Shakespeare na intelectualidade, na poesia e no espírito artístico. Eu, agora, aproximo-me de Rui Barbosa, que ensinou: ‘Não troco a trouxa das minhas convicções por um ministério'”.
“… Depois veio o Collor, extraordinário presidente que nunca traiu, que nunca deixou de obedecer a Constituição, essa é a verdade.”
Publicidade“Prefeito é o instrumento mais importante, é aquele que administra sua mãe, sua esposa, seus filhos, porque nós moramos é na cidade – eu tenho orgulho de ter sido prefeitinho”.
“O senador Pedro Simon não perde para Ghandi, que é a repetição de São Francisco, aquele que mais se aproximou de Cristo. Pedro Simon é símbolo da virtude, da vergonha e da verdade de que precisamos”.