Na sexta-feira passada (1º), fui à inauguração do Museu de Arte do Rio (MAR), capítulo final feliz da nossa luta pela recuperação dos antigos prédios da Portus (Palacete D. João VI) e da Metropol, Terminal Mariano Procópio.
O projeto original de retrofiting foi desenvolvido pela minha equipe no Instituto Pereira Passos (IPP), em 2005, junto com o arquiteto Alcides Horácio. Depois, com a liquidação do Banco Santos, que havia comprado o prédio Portus, criou-se um imbróglio jurídico e a edificação começou a se deteriorar seriamente.
Fizemos uma grande mobilização em defesa do prédio com um Abraço ao Palacete D. João VI, em 2009. Dei ao prefeito Eduardo Paes e ao então secretário Felipe Gois o “mapa da mina” sobre como deveriam agir para que a prefeitura pudesse desapropriá-lo. Fizeram como sugerimos, e depois foi promovida uma feliz parceria com a Fundação Roberto Marinho. Não só ambos os prédios foram recuperados como a cidade ganhou um espaço cultural de primeira linha.
Não me importa muito se a prefeitura nem me convidou para a inauguração – acabei conseguindo um convite com a Fundação – nem que o evento tenha virado um ato político da parceria Dilma-PMDB, com direito a um discurso com algumas informações erradas do governador (a Metropol não foi sede do Dops, e o Palacete pertencia à Portus, não à Docas). O importante é que foi feito, que aconteceu o que reivindicamos e por que lutamos tanto.
Fiquei sem entender o sentido de um protesto de uns 15 gatos pingados com roupas estranhas, gritando coisas bizarras como “abaixo a ditadura(???)” e “não estamos à venda”. Protestavam contra o quê, exatamente? Propondo o quê? Eu, hein…
Rememorando, em imagens, o protesto que tinha motivo e proposta e que agora se viu atendido:
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