2014 terminou sem deixar saudades para muita gente. O ano já vai tarde, em especial, para um enorme contingente de servidores do Governo do Distrito Federal, que passou o mês de dezembro sem dinheiro, porque o governo atrasou os pagamentos dos salários do mês e do 13º salário. No momento em que escrevo este artigo, a situação ainda não está resolvida para várias categorias, apesar da promessa da antiga administração de quitar as obrigações no penúltimo dia do ano. Até a tradicional festa de ano-novo na Esplanada chegou a ser cancelada pela Justiça, devido à falta de pagamento do funcionalismo. A medida, que considero correta e sensata, acabou revogada, talvez por pressões externas, para não empatar as comemorações da posse da presidente reeleita Dilma Rousseff.
Se a promessa de pagamento tiver sido honrada, menos mal; melhor para todos. Caso contrário, só nos resta desejar que o novo governador, Rodrigo Rollemberg, encontre solução para o problema o mais rapidamente possível. O fato é que essa vergonhosa situação comprova a incompetência do antecessor de Rollemberg para governar a capital da República. Faço questão de registrar isso, em tom de protesto, porque sei que estou reproduzindo os sentimentos não apenas dos servidores atingidos pelos atrasos e suas famílias, mas de toda a sociedade brasiliense, que não aceita as desculpas esfarrapadas apresentadas pelo ex-governador e por seus porta-vozes.
Acredito que, agora, uma nova era começa no GDF. Uma era de respeito pelo cidadão e de dignidade na administração pública. Uma era em que a situação que vivemos no fim de 2014 nunca mais se repetirá. Segundo matéria publicada no jornal Correio Braziliense de 27 de dezembro, servidores de 19 órgãos públicos ligados ao GDF estavam, naquela data – a apenas quatro dias da virada do ano!!! –, à espera dos seus salários. O então governador decidira, por meio de decreto publicado no dia 23, cancelar os empenhos para pagamento de obras e serviços realizados desde 1º de maio e que não houvessem sido ainda liquidados, para fazer caixa e pagar os atrasados a quem ainda não havia recebido. Entretanto, tudo ainda dependia de providências burocráticas junto às secretarias de Planejamento e Fazenda, de modo que os servidores continuavam sem dinheiro no dia 29 de dezembro.
O caos se instalou no DF no último mês de 2014, essa é a triste realidade. Tudo começou com paralisações dos motoristas e cobradores das empresas de ônibus, os primeiros a cruzar os braços por falta de pagamento, seguidos dos professores e dos terceirizados do GDF e da limpeza urbana, pelos mesmos motivos. Também houve problemas com os médicos e enfermeiros, que não receberam nem o pagamento pelos plantões realizados, nem a gratificação natalícia. Além disso, os profissionais da saúde enfrentaram a falta de refeições nos hospitais e até de material para atendimento. Por fim, o lixo passou a se acumular nas unidades hospitalares e nas ruas, pois os empregados do setor também pararam por falta de pagamento.
Estou triste, neste início de ano, com tal situação. Assim como estão, tenho certeza, todos aqueles que vivem em Brasília e amam a cidade, em especial os concurseiros e concurseiras que se preparam para um 2015 de muito estudo e muita luta pelo tão sonhado cargo público. São inúmeros, milhares mesmo, que aguardam os futuros concursos do GDF para lutar por uma vaga. A decepção desses guerreiros com o que testemunharam no fim do ano foi muito grande. Afinal, na lista dos salários atrasados, estavam instituições como a Procuradoria-Geral do DF, secretarias de Turismo, Meio Ambiente, Governo e Agricultura, oito administrações regionais, Codeplan, Novacap, DER e Emater, entre outros.
A despeito disso, quero levar a todos os que me acompanham semanalmente nestes artigos uma mensagem de ânimo e otimismo para o ano que está começando. Vejo com muita confiança o futuro do GDF nas mãos do novo governador. Acredito que a mudança no comando do Palácio do Buriti fará muito bem à nossa capital, com a renovação política e de costumes na administração do Distrito Federal. Nesse novo contexto, todos aqueles que planejam se tornar servidores do governo em Brasília nos próximos meses devem manter o foco e aguardar as mudanças que o governo vai implementar para beneficiar a nossa população. É claro que também aqueles que esperam os concursos federais, no Executivo, Legislativo ou Judiciário, devem iniciar logo os estudos, pois os problemas do governo reeleito para equilibrar as contas não servirão de impedimento para a realização de concursos públicos nas áreas vitais para a continuidade administrativa do país.
É tempo de mudanças em Brasília. E vamos mudar para melhor inclusive na área de concursos públicos, que terá do novo governador atenção toda especial. Como relator no Senado Federal do nosso projeto de regulamentação e moralização dos concursos públicos, Rodrigo Rollemberg foi autor de um memorável parecer que deixou a proposta a um passo da aprovação, aprovação que, tenho certeza, ocorrerá na nova legislatura. E agora, no governo do DF, Rollemberg se propõe a realizar uma gestão austera, que inclui, segundo declarou em entrevista que concedeu ao Correio Braziliense no último domingo do ano, logo de início, corte de gastos, demissão de comissionados e (grifo meu) ajuste da máquina administrativa para evitar atraso de salários do funcionalismo público e normalizar os atendimentos nos hospitais, prejudicado por greves de empresas terceirizadas.
Se existia algo que a população do Distrito Federal gostaria – e precisava – ouvir do novo governador, está aí, nessa entrevista, com todas as letras. E mais: como diz o texto do Correio, ele sabe que sua missão não será fácil, por isso (grifo meu) propõe um pacto com instituições como Justiça, Ministério Público, Tribunal de Contas, Câmara Legislativa, governo federal e sociedade civil para recuperar a esperança da população, depois de um governo que chega ao fim com alta rejeição. Vale a pena reproduzir uma de suas declarações, pelo impacto que tem junto à opinião pública um diagnóstico de tamanha gravidade sobre o que o novo governo encontra para trabalhar: “O Distrito Federal se abriu, como se fosse uma grande boca de jacaré. As receitas aumentaram timidamente, e as despesas cresceram de uma forma assustadora, sem nenhum controle.”
Aí está a realidade atual do GDF, sem nenhum retoque, nas palavras da sua autoridade nº 1. Rodrigo Rollemberg, eleito governador com 812.036 votos, 55,56% do eleitorado, tem nessa maioria sólida e incontestável a garantia da confiança necessária para colocar em prática suas propostas de saneamento da gestão pública na capital da República a partir deste 1º de janeiro. E é por também confiar nessas propostas que estou pronto para contribuir no que for necessário, como político e como empreendedor, para o sucesso do “Pacto para Resgatar Brasília”, proposto pelo governador em sua entrevista ao Correio e que foi iniciado logo no primeiro dia de 2015.
Esta é a minha primeira mensagem do ano aos meus queridos amigos e leitores. Eu não poderia começar esta jornada de 365 dias sem antes manifestar minha confiança no que temos pela frente com a mudança da administração do Distrito Federal. É também o momento de enfatizar a todos os concurseiros e concurseiras que acredito no fortalecimento dos concursos no governo Rollemberg. Aqueles que pretenderem conquistar um cargo público no GDF devem, então, se preparar, para, ainda em 2015, tornar-se os detentores de seu feliz cargo novo!
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