Em nota enviada ao Congresso em Foco, a assessoria do grupo Opportunity, que pertence ao empresário Daniel Dantas, se manifestou sobre o conteúdo da entrevista exclusiva que este site fez com o jornalista Amaury Ribeiro Jr., autor de A privataria tucana. O livro de Amaury reúne documentos – a maioria recolhidos pela CPI do Banestado – que tratam do processo de privatização de empresas estatais ocorrido no governo Fernando Henrique Cardoso e de operações em paraísos fiscais que Amaury relaciona a esse processo.
Leia a entrevista de Amaury Ribeiro Jr. ao Congresso em Foco: “Assim caminhou a privataria”
Na nota, o Opportunity nega que tenha sido beneficiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no leilão da Telebrás. De acordo com o grupo, essa denúncia resulta de “diálogos incompletos pinçados das fitas do BNDES”, numa referência ao caso das conversas gravadas em 1998 de pessoas ligadas ao banco e ao processo de privatização, que ficou conhecido como escândalo dos grampos do BNDES. O Opportunity acrescenta que a carta de fiança obtida pelo banco às vésperas da privatização não foi fundamental para a participação no leilão de privatização. “Além do Banco do Brasil, o Opportunity tinha cartas de fiança do Citibank, do Unibanco e do Banco Francês Brasileiro, mais que suficientes para pagar as aquisições que pretendia fazer. Ou seja, o Opportunity não precisava da carta de fiança do Banco do Brasil”, afirma a nota.
O texto menciona também a sociedade entre a irmã de Daniel Dantas, Verônica Dantas Rodenburg, e a filha de José Serra, Verônica Serra. Segundo a nota, Verônica Dantas foi indicada para ser conselheira da empresa JVN Decidir, não sócia.
Leia a íntegra da nota do Opportunity