Quem militou no movimento estudantil na fase final da ditadura guarda boas recordações do deputado João Herrmann. Prefeito de Piracicaba, Hermann cedeu a cidade para a realização de dois congressos da UNE, em 1980 e 1982.
Vale lembrar que, naquele tempo, a entidade estudantil ainda se encontrava clandestina e, os encontros, ilegais. O congresso de 1980 elegeu o atual deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) presidente da UNE e teve, entre os convidados, o líder sindical Luiz Inácio da Silva, o Lula.
Episódios como este ajudam a compreender as palavras do presidente ontem no velório de Herrmann. Em nota oficial, Lula elogiou o aliado “nas lutas contra o regime autoritário”.
09.04.2009
Diferença entre Serra e Ciro
As diferenças entre José Serra e Ciro Gomes aparecem na política e na vida privada. Inimigo do tabagismo, o governador paulista conseguiu aprovar na Assembleia Legislativa uma lei que proíbe o fumo em todos os locais fechados, públicos ou privados.
Fumante inveterado, Ciro ainda luta para acabar com o vício. Na terça-feira (7) o deputado cearense falou sobre a nicotina no cafezinho da Câmara.
Na presença de parlamentares e jornalistas, contou ter pego uma receita para parar de fumar, mas enquanto não se decide se compra os remédios, queima uns 30 cigarros por dia.
Por enquanto, Ciro terá dificuldade de circular em São Paulo.
08.03.2009
Código ambiental no STF
O código ambiental aprovado pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina no dia 31 de março tem tudo para se transformar em mais um debate nacional levado para o STF. O Partido Verde ameaça entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra o código.
O texto levado à sanção do governador Luiz Henrique (PMDB) estabelece em cinco ou dez metros a área de preservação nas margens dos rios. Para o PV, a legislação federal prevê a proteção de pelo menos 30 metos de matas ciliares.
Se o STF decidir em favor da Assembleia catarinense, a regra que permite a devastação poderá ser aplicada em todo o país.
06.04.2009
Salve-se quem puder
O clima no Senado anda cada vez mais tenso. A onda de denúncias afeta antigas relações de cumplicidade baseadas, sobretudo, na troca de favores. Depois de tantos anos de desmandos, muita gente de alguma forma se envolveu com práticas inadequadas, para dizer o mínimo, e sabe segredos valiosos.
Começa a se instalar um ambiente de salve-se quem puder. Senadores e funcionários vivem com os nervos à flor da pele. O vazamento de informações gera medo, traições, vinganças e contra-ataques.
Ao que tudo indica, as surpresas apenas começaram.
03.04.09
Paulo Delgado de prontidão
A cassação de Juvenil Alves abriu uma vaga na Câmara para o primeiro suplente, Silas Brasileiro (PMDB), atual secretário executivo do Ministério da Agricultura. Um acordo costurado nas últimas semanas, porém, pode deixar o mandato para o segundo da lista, o ex-deputado Paulo Delgado (PT).
Silas aceita ficar onde está, mas quer ter mais poderes no ministério comandado por Reinhold Stephanes. A ministra Dilma Rousseff vai decidir a questão.
02.04.2009
Dirceu contra Patrus
José Dirceu decidiu entrar na briga do PT em Minas Gerais. Vai apoiar o ex-prefeito Fernando Pimentel para o governo, contra a vontade do ministro Patrus Ananias, também interessado em suceder o tucano Aécio Neves.
Para ajudar Pimentel, Dirceu fez acordo com o deputado Virgílio Guimarães, antigo adversário nas disputas internas do partido. A Patrus restará o caminho do confronto. Tentará repetir o feito da de Luizianne Lins, eleita prefeita de Fortaleza à revelia da cúpula do PT.
01.04.2009
Uma estatal para o petróleo
A proposta de criação de uma estatal para cuidar do petróleo do pré-sal ganhou sobrevida. O líder do PSB na Câmara, Rodrigo Rollemberg, fez ao ao ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, um pedido formal para a criação de uma empresa do governo responsável pela exploração das grandes reservas.
Lobão defendeu a mesma proposta no ano passado, mas esbarrou na suspeita de que escondia ambições pessoais em relação à bilionária produção petrolífera brasileira.
A nova estatal defendida por Rollemberg atuaria em parceria com outras empresas, inclusive a Petrobras.
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