Clique abaixo para ouvir o comentário de Beth Veloso veiculado originalmente no programa “Com a palavra”, apresentado por Mariana Monteiro e Márcio Salema na Rádio Câmara:
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Com a vantagem de estar num lugar seguro, em que você pode usar o seu celular à vontade, sem medo de ser atacado por um ladrão, a Inglaterra é mesmo um fenômeno! A começar pelo fato de que os países que formam o Reino Unido estão todos conectados, e tudo funciona como uma ligação local, sem roaming, sem taxas extras por descolamento.
Depois, numa cidade como Londres, tudo está conectado. O café, a padaria, o restaurante, o cabeleireiro, os museus. E assim como museus maravilhosos, tudo é de graça.
Depois, encontrar uma loja onde se pode comprar um sim-card, ou cartão pré-pago, em Londres, é quase como encontrar um sapateiro. Há pelo menos cinco operadoras no mercado que oferecem todos os tipos de serviços solicitados. Uma rápida comparação de preços e dez libras na mão, junto com um aparelho desbloqueado, você encontra um bom pacote com 2G de dados, 100 minutos de voz e 100 mensagens de textos.
Bem, existem pacotes para todas as necessidades e bolsos, mas o fato é que, em poucos segundos, eu estava conectada com a Inglaterra e com o mundo e com os milhares e milhares de pontos de conexão que a operadora me oferece, com acesso automático e gratuito, em todo o Reino Unido.
Na cadeia de conexão, na lógica da internet, não importa se um ponto de conexão sem fio público e gratuito (hotspots) vai roubar a receita da operadora, mas, sim, que o maior número de pessoas estejam conectadas o tempo todo, acessando o maior volume de conteúdo possível.
É uma política do ganha-ganha, que faz com que todos nós tenhamos um papel essencial na nova Sociedade da Comunicação, muito mais do que na do Conhecimento.
Abaixo, apresento alguns dados sobre telecomunicações e inclusão digital no Reino Unido, extraídos do relatório sobre telecomunicação:
- mais de 52% das TVs no Reino Unido estão conectadas ao computador;
- os ingleses passam cada vez menos tempo na televisão, e a média de 200 minutos por dia está caindo, especialmente na idade de 4 a 15 anos;
- quase 40% do rádio no UK está digitalizado, ou seja, os aparelhos;
- a receita das assinaturas de TV online, como Netflix, passou de 77 milhões de libras para 175 milhões de libras esterlinas em 2014, com quase 15 bilhões de programas assistidos;
- entre os ouvintes de rádio entre 16 e 24 anos, streaming services são quase tão populares quanto radio;
- a receita global do mercado de telecom no UK caiu cerca de 2%, especialmente em razão da queda das receitas da internet fixa em 2014;
- a receita do mercado de voz fixo cresceu em 2014, cerca de 1,2%, para uma média de 21,19 libras esterlinas por pessoa;
- no entanto, a receita de banda larga fixa cresceu cerca de 18%, porque a população está migrando para a banda larga super-rápida;
- quase 1 em 3 conexões de banda larga fixa são super-rápidas, com velocidades de 30 Mbits ou superior, para 30% das conexões fixas à internet;
- o total de assinaturas em 4G saltou para 23,6 milhões em 2014;
- o número total de conexões de dados móveis, ou seja, além do celular, inclui o moeda, conexões máquina a máquina e conexões móveis dedicadas, subiu cerca de 7,5 milhões em um ano, atingindo a marca de 62,6 milhões em 2014;
- quase oito em cada dez casas no Reino Unido tem banda larga fixa, atingindo 85% dos adultos, e o crescimento anual foi de 5%, atingindo hoje 78%
- os smartphones são hoje o meio mais difundido de acesso à internet, e eles estão presentes em 65% dos domicílios no Reino Unido, lado a lado com laptops e computadores
- o tempo gasto em smartphones é maior do que em computadores ou notebooks, que foi de 39 minutos em março de 2015;
- o dispositivo que foi mais habilitado nas operadoras foi o tablet, sendo que hoje 54% dos domicílios na Inglaterra dispõe de um tablet pelo menos;
- os serviços do Google são os mais visitados de todos, com 46 milhões de visitas em março de 2015. Mas as pessoas passam mais tempo no Facebook, ou seja 51 bilhões de minutos comparados a 34 bilhões de minutos.
A pesquisa (que pode ser acessada no seguinte link) mostra um retrato do nosso mundo das telecomunicações digitais, desde o uso de baixo escalão, as idades e gerações mais propensas ao mundo virtual; o nível de confiabilidade com compras ou uso de dados pessoais online, no qual nós estamos viciados a essas novas tecnologias. Ou seja, tecno-dependência, que não é química, mas é digital!
Confira as principais recomendações e navegue com velocidade nessas novas ondas!
Mande suas dúvidas e sugestões para papodefuturo@camara.leg.br
Coluna produzida originalmente para o programa Papo de Futuro, da Rádio Câmara. Pode haver diferença entre o áudio e o texto.
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