Apesar de todo o terrorismo econômico da oposição, dos articulistas conservadores, da grande mídia e do “mercado”, a economia brasileira superou as previsões mais otimistas e cresceu 1,5% no 2º trimestre de 2013 em relação ao trimestre anterior, segundo o IBGE. Foi o melhor resultado neste tipo de comparação desde o primeiro trimestre de 2010, quando a alta atingiu 2%. Com isso, o Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, atingiu a marca de R$ 1,2 trilhão no ano. No primeiro trimestre, o crescimento do PIB havia sido de 0,6%.
Entre janeiro e julho deste ano, a expansão da economia foi de 2,6% em relação a igual período de 2012, enquanto que, no acumulado em 12 meses, houve um crescimento de 1,9%. Os setores que mais cresceram neste segundo trimestre foram a agropecuária (3,9%); a indústria (2%); e os serviços (0,8%). Na comparação com o segundo trimestre de 2012, o PIB cresceu 3,3%; neste caso, a alta da agropecuária foi de 13%; da indústria, de 2,8%; e dos serviços, 2,4%.
É importante ressaltar que, na comparação com o primeiro trimestre, o segundo mostrou crescimento de todos os subsetores da indústria, com destaque para a construção civil, que cresceu 3,8% – a maior expansão desde o segundo trimestre de 2010, quando o setor atingiu 4%. Os serviços cresceram menos, 0,8%, com destaque para o comércio, que teve alta de 1,7%. Do lado da demanda, os investimentos – que os economistas chamam de “formação bruta de capital fixo” – cresceram 3,6%. A expansão dos gastos do governo foi de 0,5% e o do consumo das famílias, 0,3%. Finalmente, mas não menos importante, as exportações de bens e serviços cresceram 6,9%, enquanto que as importações aumentaram 0,6%.
Esses números desmentem cabalmente o catastrofismo oportunista da oposição e confirmam a retomada da trajetória de crescimento econômico do país. Essa retomada é produto, entre outras coisas, dos efeitos positivos decorrentes das medidas de política econômica adotada pelo governo federal. Neste campo, cabe destacar quatro iniciativas, quais sejam: a) a redução da taxa básica de juros. Mesmo considerando-se os últimos aumentos da Selic, a média da taxa de juros do governo Dilma é a menor dos últimos 18 anos, desde o início do regime de baixa inflação no Brasil, em 1995; b) a desoneração tributária de setores com forte potencial de geração de efeitos positivos na economia; c) a redução dos custos de energia elétrica, insumo fundamental para o aumento de competitividade da economia, em particular dos segmentos eletrointensivos; e e) a facilitação das condições de crédito ofertados por bancos públicos, em especial pelos BNDES e pela Caixa Econômica Federal.
Há outros fatores que explicam essa retomada. Em primeiro lugar, está em curso um reposicionamento do câmbio na economia, fato que poderá exercer, no longo prazo, forte influência na estrutura de oferta de bens e serviços, com efeitos especialmente favoráveis sobre a indústria brasileira. E é preciso notar que a retomada está sendo realizada com base na aceleração dos investimentos. Este fato evidencia a conexão entre as políticas de condução da economia de curto prazo (equilíbrio dos indicadores macroeconômicos) e o horizonte de longo prazo da economia (estruturação de requisitos para o crescimento sustentável). Além disso, há que se acrescentar que o desenvolvimento do processo de concessão de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos – toda a estrutura logística – favorecerá sobremaneira a ampliação dos investimentos, mediante uma sinergia positiva entre o setor público e o setor privado.
Não podemos, contudo, ser panglossianos. As incertezas geradas no âmbito da economia e da política internacional não nos permitem imaginar uma trajetória confortável para os próximos trimestres. No entanto, é importante observar que o governo conduz a gestão da política econômica de modo favorável à retomada do crescimento, fazendo investimentos em máquinas, equipamentos e infraestrutura produtiva. É, portanto, um cenário favorável à manutenção de um modelo de desenvolvimento centrado no emprego e no aumento contínuo da renda média do trabalho.
Enquanto isso, a oposição insiste em continuar fazendo o papel de flautista de Hamelin, o personagem resgatado pelos irmãos Grimm que hipnotiza as pessoas com sua flauta, levando-as ao abismo. Felizmente, o povo brasileiro não se deixa mais iludir.
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