Alex João Costa Gomes*
Uma instigação para iniciarmos nossa breve, mas relevante conversa: você soube da campanha Maio Amarelo? Caso tenha visto, lido algo ou participado de alguma ação da referida campanha, isso já é algo bem positivo. A ideia de trabalhar ações diversas de conscientização no trânsito que envolvesse o poder público, a iniciativa privada e a sociedade de forma geral surge com o lançamento da Década de Ação pela Segurança no Trânsito que foi lançada em 11 de maio de 2011. Assim dessa maneira o mês de maio foi preterido para assim buscar tal interação entre o povo, o poder público e a iniciativa privada objetivando reduzir a violência vivenciada no trânsito brasileiro.
No Brasil inteiro Órgãos ligados ao Sistema Nacional de Trânsito, organizações não governamentais e a iniciativa privada desenvolveram várias atividades de educação no trânsito. No Amapá isso não foi diferente, em Macapá e Santana foram realizadas ações do Maio Amarelo, a campanha teve muita força também na internet, principalmente nas mídias sociais (twitter, instagram e facebook), até porque com o avanço das tecnologias e da internet, a comunicação através dessas ferramentas têm se firmado como algo preponderante, haja vista qualquer pessoa ter um celular com acesso a rede mundial de computadores e ter uma conta em uma dessas mídias citadas, as vezes a pessoa tem em todas.
Dez dicas de como se portar nas vias brasileiras para reduzirmos o número de acidentes e mortes foram apresentadas no decorrer do mês de maio. Além de vídeos, palestras e blitzem educativas que foram feitas em paralelo. Foi uma campanha intensa, envolvente e relevante ao contexto do trânsito no país. Outra instigação: caso tenha tomado conhecimento da campanha supracitada, você absorveu a mensagem central por ela transmitida? Pois é importante absorver as mensagens transmitidas e aplicá-las no dia-dia nas relações sociais, principalmente as ligadas a seara do trânsito.
Thomas Hobbes (1588-1679), pensador moderno, quando falou que o homem é lobo do próprio homem estava querendo explicar os conflitos existentes entre os homens nas relações sociais, isso podemos relacionar com o caos no trânsito, pois o individualismo impera e vivemos como se estivéssemos em uma guerra constante, logo, precisamos rever nosso contrato social no que tange as relações vigentes hoje no trânsito.
Condutores e transeuntes devem compreender que a segurança no trânsito está inserida na segurança pública e, como no Art. 144 da Constituição Brasileira fica explícito que o Estado tem esse dever em garantir tal direito e nós também temos responsabilidades quanto isso, podemos inferir que o trânsito também é responsabilidade de toda a sociedade. Partindo dessa relação existente intimamente entre a segurança no trânsito e a segurança pública, podemos perfeitamente inferir que não devemos trabalhar a melhoria no trânsito brasileiro com maior intensidade em um único mês do ano, mas sim todos os dias de todos os meses, pois o trânsito que queremos somos nós que construímos. Então, mãos a obra e vamos aplicar em nosso cotidiano a gentileza no trânsito e as dicas do Maio Amarelo.
*Alex João Costa Gomes, bacharel e licenciado em Bacharelado em História pela Unifap, é polical militar e ex-diretor do Detran do Amapá