Software vai checar se políticos estão mentindo
Políticos preparem-se: vem aí o Full Fact, software que fará a checagem de dados apresentados por políticos. É mais uma ferramenta que vem se somar à onda de checagem de fatos e de notícias, no esforço global de empresas de mídia e conglomerados de comunicação para combater notícias falsas.
O programa está previsto para ser lançado em outubro e os primeiros testes serão feitos no Reino Unido. O Full Fact deverá ser capaz de analisar declarações de forma automática, checando as informações em bancos de dados.
Em demonstração feita ao jornal britânico “Guardian”, o programa foi capaz de escanear declarações no momento em que tinham sido feitas e fornecer um veredito sobre a veracidade. “É como tentar construir um sistema imunológico”, afirmou o gerente do Full Fact. Na primeira versão do programa, está previsto o escaneamento de legendas de programas jornalísticos ao vivo, transmissões e registros do parlamento e artigos publicados por jornais. O Full Fact pode rastrear milhões de palavras, frase por frase, até identificar afirmações que estão em seu banco de dados.
Publicidade
Crise no Google com vazamento de manifesto machista
O fato de ser um engenheiro do Google o autor de um manifesto machista surpreendeu o mundo da mídia e reforçou a opinião de que o Vale do Silício, sinônimo de vanguarda tecnológica, ainda tem muito a aprender em termos de ideias e valores progressistas afinados com a agenda igualitária do século 21.
Sob o título “a bolha ideológica do Google”, o autor afirma que homens e mulheres não têm as mesmas habilidades, inquietações e ambições no campo tecnológico e laboral. Na opinião do engenheiro James Damore, “os homens tendem a se sentir mais confortáveis quando trabalham com coisas, no lugar de pessoas”. Eles seriam mais agressivos na busca de status e para subir degraus da liderança corporativa. As mulheres sentiriam muita ansiedade na hora de pedir um aumento, sob a ótica do autor.
O escândalo com o manifesto vem a público dois meses depois de a empresa ignorar uma ordem federal para mostrar seus dados sobre a distância salarial entre homens e mulheres. O Google preferiu pagar multa em vez de entregar a tempo as informações requisitadas.
Para minimizar os danos à reputação, o Google demitiu o funcionário, sob o argumento de que ele “violou o Código de Conduta” da empresa ao “promover estereótipos de gênero”, mas não quis fazer comentários públicos sobre a demissão. Para a The Economist, o caso do engenheiro do Google inflama o debate sobre sexismo e liberdade de expressão. O novo escândalo com a gigante da internet vem na esteira do colapso no Uber, acusado de assédio sexual e tratamento vexaminoso às mulheres.
Nas crises, além dos danos à imagem corporativa há o inevitável impacto financeiro. A gigante das buscas na internet está sob investigação no Departamento de Trabalho por discriminar as mulheres pagando a elas salários menores do que o dos homens. O engenheiro demitido sinalizou que pode processar o Google por infringir seu direito à liberdade de expressão. A ironia é que um dos lemas corporativos do Google é: “não seja mau”. Em pouco tempo virá à tona se a gigante da tecnologia cumpre seus preceitos éticos.
Conhece os microinfluenciadores?
Você já deve saber que as celebridades e os influenciadores digitais estão tomando cada vez mais espaço nas mídias sociais seja com blogs ou vídeos. Estamos na época em que a vigilância e visibilidade da vida privada e cotidiana alheia ganha maior audiência do que uma novela da TV aberta. As pessoas tem sede de veracidade, do acontecimento, do agora, de hobbies e das formas de vida que são expostas publicamente. As marcas viram uma oportunidade de chegar ao consumidor por meio dessas pessoas, sejam elas celebridades ou influenciadores. Sabe os Youtubers? Eles ganharam um espaço exclusivo do Google para produzirem conteúdo e terem suporte de equipamentos, o YouTube Space Rio. Mas o que você talvez não saiba é que existe a versão dos influenciadores mais segmentada, os chamados microinfluenciadores. O alcance do seu conteúdo pode não ser tão abrangente, mas por atingirem um público mais segmentado, com conteúdo mais próximo e específico, sua efetividade de engajamento é proporcionalmente maior que a de um influenciador.
TRT da Bahia fará pregão para contratar personal trainer
O Tribunal Regional do Trabalho da 5a Região, na Bahia, fará um pregão eletrônico às 13h do dia 22 de agosto para contratar “empresa com qualificação profissional para assessorar magistrados e servidores em aulas de corrida e caminhada”.
Em plena era da informação, com a circulação de notícias em tempo real, será que os magistrados achavam que a contratação de personal trainer não viria a público?
Além da crise econômica que castiga o Brasil e a Bahia, em ano em que os juízes não terão reajuste, será difícil explicar à opinião pública o gasto com assessoria de caminhada.