Meus amigos, minhas amigas.
Entramos pra valer em 2014, depois da festa de virada do ano. E eis que tudo voltou ao normal. Acordamos em 1º de janeiro ainda com a ressaca da véspera turvando os pensamentos e tentando nos levar para a cama de novo, mas, enfim, em algum momento conseguimos reagir e nos preparar para recomeçar a rotina de trabalho ou a de estudos, ou ambas, para um grande número de pessoas – e bota grande nisso! –, sobretudo os concurseiros. Eu já passei por isso, sei como é difícil, mas tem de ser feito. Então, “bola pra frente, porque atrás vem gente”, como diz o ditado.
Nesta nossa primeira conversa do ano, quero chamar a atenção para um fato importantíssimo no que interessa à área dos concursos públicos: 2014 é ano eleitoral, e reza a tradição que essa peculiaridade é muito favorável aos concurseiros. O motivo é que o governo federal costuma liberar os entes para realizar as seleções. É uma forma de agradar a gregos e troianos e, naturalmente, receber votos em troca. Tem gente que jura que é mentira; tem gente que jura que é verdade. Não há como saber com certeza, mas é como diz outro famoso ditado: “Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay.”
Para nós que lidamos com os concursos durante os 365 dias do ano, o que importa é que as perspectivas são as melhores possíveis. E até a Copa do Mundo favorece esse contexto, pois aumenta a disposição do governo em preencher cargos em áreas importantes para a realização do evento, como turismo, segurança, transportes e infraestrutura, entre outras.
Querem uma prova do que acabei de afirmar? Basta ler as matérias publicadas por diversos órgãos de imprensa neste início de ano. Nada menos do que cinco ministérios tiveram concursos autorizados pelo governo federal: Agricultura; Pecuária e Abastecimento; Ciência, Tecnologia e Inovação; Educação; Fazenda; e Saúde. Espera-se que, no total, sejam oferecidas mais de 6,5 mil vagas nessas seleções, cujos editais devem sair até fevereiro. Em matéria de cargos, certamente haverá para todos os gostos, com exigência tanto de formação de nível médio como de nível superior. Portanto, para quem está à espera de uma boa chance para conseguir um emprego público, a hora é esta.
Por exemplo, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento vai oferecer 796 vagas, com salários entre R$ 2.570 e R$ 5.557, conforme a formação do servidor, entre os níveis médio e superior, mas com chance até para quem tiver apenas nível fundamental e quiser concorrer a uma das 70 vagas de auxiliar de laboratório, cujos rendimentos alcançam R$ 3.543. Já o Ministério da Saúde abrirá 1.578 oportunidades, das quais 616 para profissionais com nível superior de escolaridade, 551 para profissionais de nível médio e 411 especificamente para médicos. Os postos serão temporários, com duração de seis meses, mas há possibilidade de prorrogação, e os vencimentos vão de 3.980 a R$ 5.081, desprezados os centavos… Nada mau, hein?
Os concursos para os outros ministérios ainda estão em fase de elaboração de edital, mas você que me lê pode estar certo de que muita coisa boa virá por aí. Entre os concursos mais aguardados do ano, estão, ainda: o da Caixa Econômica Federal, que logo divulgará o edital de abertura para o cargo de técnico bancário; o da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac); o da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), vinculada ao Ministério dos Transportes; o da Polícia Federal; e o da Receita Federal.
PublicidadeOs aprovados nos concursos deste início de ano poderão ser nomeados até o dia 2 de julho, quando começa o prazo de impedimento de nomeações determinado pela lei eleitoral por causa das eleições de outubro. O impedimento vai até o fim de 2014. Mas atenção para este detalhe: só ficam proibidas as nomeações no Executivo; o Judiciário, o Legislativo e o Ministério Público não estão sujeitos à vedação, de acordo com o artigo 73 da Lei 9.504/1993. É o caso, por exemplo, da Câmara dos Deputados, que deve realizar um dos principais concursos previstos para este ano ainda no primeiro semestre e poderá nomear livremente os aprovados quando bem o desejar.
Para fechar a conversa de hoje, quero chamar a atenção para a importância que tem uma escolha meticulosa da carreira no serviço público. Analise bem as opções e escolha uma que tenha a ver com a sua personalidade, com o seu interesse cultural, com o seu gosto pelo trabalho. Se possível, até mesmo com a sua vocação. Um dos maiores erros dos candidatos às vagas no serviço público é levar em conta exclusivamente a estabilidade financeira e os valores da remuneração. Concurseiro, lembre-se: determinante para o sucesso e o crescimento na carreira é a vocação, que significa escolha, inclinação, predestinação… A escolha certa gerará prazer, autorrealização, adaptação, satisfação pessoal, felicidade e, é claro, sucesso profissional. Além disso, evitará males como: frustrações, desinteresse, desmotivação, desespero, depressão, arrependimento, síndrome do pânico. Até os afastamentos do trabalho tendem a ser menores quando as atividades profissionais são prazerosas.
Não se esqueça de que um cargo público não é um empreguinho qualquer, mas, sim, uma decisão muitas vezes definitiva, para a vida toda. Feita sua escolha, prepare-se para o concurso com paixão e prazer. Seja curioso, cerque-se de pessoas positivas que agreguem valor a seu projeto de conquista de vida. E, quando aprovado, leve para o serviço público talento, energia, vigor, ideias, paixão e uma enorme vontade de servir Sua Excelência o cidadão-cliente, patrão e pagador do seu salário. É questão de atitude, “uma pequena coisa que faz grande diferença”, como dizia Winston Churchill. Se você errar, certamente será um mau funcionário e uma pessoa infeliz para o resto da vida. Por outro lado, se acertar, poderá desfrutar de todas as vantagens e garantias oferecidas já em 2014 pelo seu
Feliz Cargo Novo!