Marcelo Gonçalves*
Uma das culturas que precisamos modificar no Brasil diz respeito à centralização de mérito pelos empresários e líderes de equipe. Salvo honrosas exceções, é comum o coordenador de um projeto cobrir-se, sozinho, com os louros colhidos, esquecendo-se de dar o devido reconhecimento aos colaboradores que desempenharam papéis da maior importância na conquista de um bom resultado.
Essa atitude tem um efeito negativo sobre o time. A chamada moeda simbólica, que pode vir por meio de um gesto de reconhecimento qualquer – por exemplo, um jantar de comemoração –, muitas vezes tem efeito mais benéfico sobre o espírito do grupo do que o pagamento de um bônus ou a concessão de um aumento de salário.
Manter a equipe envolvida e motivada é um dos grandes desafios que se impõem no dia de hoje, pois a maioria das empresas trabalha com quadros cada vez mais enxutos. Espera-se que as pessoas deem mais, e se mostrem proativas. E o que o gestor pode oferecer em troca dessa dedicação? A simples manutenção do emprego não é mais um fator determinante, sobretudo entre profissionais de alta capacitação técnica, que são disputadíssimos pelo mercado. É preciso oferecer também perspectiva de carreira, benefícios vários e um bom ambiente de trabalho.
Também temos de analisar se estamos valorizando nossos currículos, e a melhor forma de fazer isso é avaliar se, ultimamente, investimos em capacitação. As empresas que proporcionam treinamentos têm o mérito de enriquecer seus quadros.
Ao gestor, cabe ficar atento a cada detalhe!
*Sócio-diretor da BDO, empresa de auditoria, tributos e advisory services. Atua como responsável pelo escritório de São José dos Campos
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