João Carlos Marchesan*
Terminamos 2016 elegendo “esperança” como a palavra de ordem para 2017. Ainda bem, porque como todos vocês sabem, ela foi muito necessária. Sobrevivemos, almejamos, sonhamos, buscamos e, mais do que tudo, agimos. Não ficamos esperando. Não cobramos apenas, mas interferimos no processo, fomos proativos na defesa dos interesses dos nossos associados.
Fizemos incontáveis reuniões junto ao executivo e legislativo. Trabalhamos com a nossa Frente Parlamentar da Indústria de Máquinas e Equipamentos (FPMAQ) para o aprimoramento de medidas provisórias e projetos de lei, contabilizamos mais de 20 sugestões de emendas protocoladas pelos parlamentares da FPMAQ; trabalhamos pela desoneração da folha, pelas reformas tributária e da Previdência, com participação ativa na conquista da reforma trabalhista.
Propusemos projetos de lei atendendo a demanda dos associados e participamos de pelo menos 11 audiências públicas a convite dos presidentes de comissões mistas no Congresso Nacional. Organizamos ainda uma coalizão questionando o pedido de antidumping ao aço plano vindo da China e da Rússia, e obtivemos sucesso na nossa demanda.
Acompanhamos ativamente as negociações do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, assim como as reuniões envolvendo o novo regime para a indústria automotiva o Rota 2030 e o programa RenovaBio para o setor de biocombustíveis. Ou seja, temos trabalhado para sermos protagonistas da nossa própria história.
Temos usado todo o nosso conhecimento para levar ao governo o que precisamos para voltarmos a ser uma indústria forte. Como disse Ronald Reagan em 1988 em seu discurso de despedida da casa branca intitulado “We, the people”, “somos nós, o povo, que devemos dizer ao governo o que fazer e não o contrário”.
Nessa mesma linha, somos nós, Abimaq e Sindimaq, os legítimos representantes da indústria de bens de capital que devemos dizer ao governo o que é preciso fazer, e não o contrário.
PublicidadePois só sente a dor quem leva a pancada. Cada um de nós sabe aonde aperta o calo. Somos nós, ABIMAQ e SINDIMAQ, os maiores interessados em ajudar a construir um momento mais auspicioso para indústria de máquinas e equipamentos.
Somos nós, Abimaq e Sindimaq, que entendemos que o caminho para o desenvolvimento passa, obrigatoriamente, pela recuperação da capacidade de investimento da indústria, perdida ao longo da última década, devido à combinação de margens decrescentes e endividamento crescente.
Além do equacionamento de suas dívidas, incluindo aí as fiscais, sendo necessário criarmos condições para a recuperação de nossas margens. Somos nós, Abimaq e Sindimaq, que temos atuado fortemente no sentido de restaurar a nossa competitividade, já que a competitividade e produtividade de um país são fatores fundamentais para o crescimento econômico, para o progresso social e para a geração contínua de emprego e de elevação de renda.
Por todas essas razões, nós, Abimaq e Sindimaq, continuaremos esperançando em 2018, com atitude e protagonismo. Estaremos otimistas para levar as demandas que o próximo ano trará. Um ano de eleições que representa um ano de muita expectativa de mudança e, especialmente, de melhora para o nosso segmento.
Vamos eleger então 2018 como o ano da atitude, do protagonismo e da positividade. É claro que não depende apenas das nossas ações, mas creio que um movimento voltado para a positividade e o crescimento ajudará. Todos sabemos do potencial do Brasil e temos certeza que vivemos no melhor país do mundo.
Nós, Abimaq e Sindimaq, esperamos que o atual governo, e principalmente o governo que será eleito no próximo ano, escolha o crescimento econômico como prioridade, inclusive para ajudar no indispensável ajuste fiscal. Isso pressupõe fazer com que o setor bancário volte a financiar investimentos, produção e consumo com crédito abundante e juros decentes, além de uma política cambial que reduza a volatilidade da taxa de cambio mantendo-a num patamar que possibilite à indústria brasileira competir aqui e lá fora.
Com isso derrubaremos os muros que hoje impedem o nosso crescimento. E atuando firmemente com esse propósito, estaremos sim, construindo pontes e alicerces sólidos para a retomada não só do nosso setor, mas de toda a indústria nacional. Assim, com muita atitude e sem tempo para lamentações, vamos enfrentar 2018 com galhardia, porque, quem sabe faz a hora, não espera acontecer. Um 2018 de muita atitude para todos nós.
*João Carlos Marchesan é administrador, empresário e presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq/Sindimaq)