Ambos sustentam que o dinheiro partiu de comissão de contratos superfaturados firmados por empresas com a estatal e que o repasse foi feito a pedido do atual ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, marido de Gleisi. Na época, ele comandava o Ministério do Planejamento.
O casal nega conhecer Youssef e ter pedido o recurso. De acordo com o relato dos repórteres Ricardo Brandt e Fausto Macedo, o doleiro contou que entregou a quantia a um empresário, dono de shopping em Curitiba, em quatro parcelas.
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Presos na Operação Lava Jato, Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa são réus do processo que apura superfaturamento, desvios, lavagem de dinheiro, corrupção e propina na Petrobras. Os dois colaboram com as investigações na tentativa de reduzir a punição na Justiça.
Eleita senadora em 2010, Gleisi se licenciou do Senado no início de 2011, quando virou ministra da Casa Civil. Deixou o cargo este ano a tempo de se candidatar ao governo do Paraná. Com pouco menos de 15%dos votos, ficou na terceira colocação, atrás do governador reeleito Beto Richa (PSDB) e do também senador Roberto Requião (PMDB).
De acordo com o Estadão, Youssef não revelou o nome do emissário que, segundo ele, seria o responsável pela entrega do dinheiro ao dono do shopping. O empresário, conforme o doleiro, foi quem entregou o montante à campanha da então candidata. Paulo Bernardo confirmou conhecer o proprietário do centro comercial, mas negou ter solicitado ou recebido a quantia em nome de Gleisi.
Veja a íntegra da reportagem no Estadão