Um dia depois de o PT ter homologado as candidaturas de José Genoino, Antonio Palocci, João Paulo Cunha, Professor Luizinho, José Mentor e Angela Guadagnin, o candidato do partido ao governo paulista, Aloizio Mercadante, defendeu a presença na chapa dos acusados de envolvimento no escândalo do mensalão. Segundo Mercadante, a população terá o direito de julgar, nas urnas, se a biografia dos protagonistas do escândalo é mais importante que seus erros.
“O eleitorado vai ver o que eles fizeram na luta democrática e comparar com os erros cometidos. As pessoas vão julgar. Cada um vai decidir na hora do voto se eles devem ou não continuar na vida pública. Acho que é uma decisão democrática”, declarou ele, segundo reportagem do jornal O Globo desta segunda-feira.
No auge da crise, o atual ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, que na época presidia interinamente o PT, afirmou que o partido não daria legenda aos deputados que sacaram dinheiro das contas do publicitário Marcos Valério de Souza. Mas, segundo Mercadante, o partido acertou ao dar a legenda e permitir que os acusados se expliquem à população:
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“Os erros foram graves, as críticas foram implacáveis. Ao dar a legenda, o partido está dando oportunidade de eles se defenderem, discutirem com a opinião pública o que aconteceu. O povo vai julgar comparando os erros e a biografia de cada um”, afirmou.
Mercadante, que passou incólume pelas denúncias, disse não sentir constrangimento em ter que explicar a presença dos acusados em sua chapa. “Como líder do governo no Senado, o que mais tenho feito é defender o governo e dar explicações”, disse.
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