A votação do projeto da reforma política foi novamente adiada pela Câmara hoje (9). A oposição acusa o governo de usar o projeto como moeda de troca para a prorrogação da CPMF – imposto que rendeu R$ 32 bilhões à União em 2006. O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP) alegou falta de acordo para a votação e contenção de despesas com um possível prorrogamento da sessão.
De acordo com o secretário geral da mesa da Casa, Mozart Vianna, a votação foi adiada por um consenso entre PSDB, PTB, DEM, PR e PT, que ainda pretendem discutir alguns pontos do projeto.
Contudo, o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), relator da reforma política, disse que ontem (8), na hora da votação, não houve um acordo. “A base governista ficou com medo da não aprovação da CPMF, motivo que levou ao adiamento da sessão, pois os partidos da base ameaçaram não votar”, afirma o deputado.
Para o deputado Mauricio Rands (PT-PE), essa é uma reação emocional e imediata dos Democratas. Ele espera que os opositores revejam sua posição, porque a CPMF é uma necessidade do estado. “O Brasil não pode prescindir da CPMF que é um tributo necessário.”
Sobre a versão de que o governo adia a votação da reforma política como forma de pressionar a oposição para a prorrogar o tributo, o deputado afirma não haver nenhuma vinculação tática do Governo entre a reforma política e a CPMF. (Ana Paula Siqueira)
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