Rodolfo Torres
Os deputado Brizola Neto (PDT-RJ) e Jair Bolsonaro (PP-RJ) trocaram ofensas na noite desta quarta-feira (24) no plenário da Câmara. Aos gritos de “covarde” e “canalha”, eles discutiram sobre o ex-governador Leonel Brizola. Os dois não partiram para a agressão por conta do deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), que também teve de conter o deputado Vieira da Cunha (PDT-RS).
Tudo começou quando Brizola Neto usou a palavra para rebater “injúrias” que um deputado teria feito à memória de seu avó. Sem citar o nome, mas destacando que o parlamentar que ofendeu à memória de Brizola é conhecido por defender a ditadura militar, Brizola Neto afirmou que a “injúria aos mortos é um comportamento típico dos verdadeiros covardes”.
Em discurso na terça-feira (23), Bolsonaro afirmou que Leonel Brizola teria desviado dinheiro enviado por Fidel na época da ditadura. Por essa razão, o cubano se referia a Brizola como “Don Ratón”.
No discurso de hoje, Brizola Neto afirmou que apenas aqueles “com espírito de rato” podem defender a tortura e a violação dos direitos humanos.
Por sua vez, Bolsonaro tentou explicar que o termo “Don Ratón” foi usado por Fidel em referência a Brizola. Ainda segundo Bolsonaro, o ex-governador teria recebido uma “grana preta” de Fidel.
A partir daí, o clima esquentou no plenário. O presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), chegou a cortar os microfones e a sessão ficou paralisada por alguns instantes.
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