A participação do ex-presidente Lula de uma homenagem na Câmara resultou em confusão nesta terça-feira (29). Após ele receber uma medalha dos deputados, ao sair do plenário e se dirigir para a sala da liderança do PT na Casa, houve empurra-empurra e até agressão entre seguranças e repórteres.
A confusão começou logo após o encerramento da cerimônia. Quando Lula saiu do plenário da Câmara, havia a previsão de ocorrer uma entrevista coletiva do ex-presidente. No entanto, ele driblou os repórteres e desceu para a liderança do PT. Foi aí que a confusão começou. Um segurança da Casa se desentendeu com um produtor de uma emissora de televisão e depois com um repórter-fotográfico.
Houve troca de empurrões. O segurança, identificado como Fernando Araújo, teria, de acordo com relatos de jornalistas, empurrado e tentado agredir o fotográfo Ed Ferreira, do jornal O Estado de S. Paulo. Em defesa, o profissional revidou o soco. Como estava com a máquina na mão, ele acabou atingindo o policial legislativo no rosto.
De acordo com a Polícia Legislativa, as imagens das emissoras de televisão, do circuito interno e os depoimentos serão analisados para determinar o que aconteceu no momento. “Na hora não sabia o que fazer. Estava com a câmera na mão e me defendi”, afirmou o profissional. Os dois, além de outros dois seguranças e três repórteres, prestaram depoimento na Polícia Legislativa. Depois, seriam encaminhados ao Instituto de Medicina Legal (IML) de Brasília para exame de corpo de delito.
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Em nota, a Câmara informou que, um outro policial legislativo, Caio Marcos Almeida, também ficou ferido ao tentar controlar a confusão. De acordo com a assessoria de imprensa da Casa, a Polícia Legislativa irá examinar o laudo do IML e pode também solicitar novos depoimentos. Os policiais têm até 30 dias para concluir a investigação. Se a conclusão for pela ocorrência de crime, podem ser abertos o inquérito ou o termo circunstanciado (para os casos de pena de até 2 anos).
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