O petista sugeriu que a nova etapa tem como objetivo atrapalhar o PT nas eleições municipais. “Moro e os Golden Boys iniciam operação #BocaDeUrna”, publicou, com uma imagem de uma personagem gritando: “Não vamos nos calar. Fora, Temer”.
Leia também
PSDB e PMDB
O líder da oposição no Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ), também criticou a prisão do ex-ministro e cobrou o mesmo tratamento a políticos do PSDB e do PMDB. “Tucanos citados inúmeras vezes sequer são investigados. Cunha segue solto. Mantega, citado em uma delação, é preso com a mulher no hospital”, escreveu Lindbergh.
O senador petista comparou a prisão do ex-ministro da Fazenda a práticas da ditadura. “Procurador reconhece: pediu prisão preventiva, ‘ganhou’ o direito de prender Mantega temporariamente. É um jogo de tentativa e erro. Objetivamente, Mantega foi preso para ‘averiguação’. Ação muito comum em ditaduras. E segue a farsa ‘organização criminosa’ sem provas”, publicou.
Segundo Lindbergh, o objetivo da nova fase da Lava Jato é eleitoral. “Lava Jato funcionou contra o PT antes do impeachment. Tirou férias após o golpe, e volta seu foco pro PT às vésperas das eleições. A operação de hoje tem um objetivo claro: criar agenda anti-esquerda na reta final das eleições. Devia se chamar Operação BOCA DE URNA”, disse, repetindo o termo utilizado pelo deputado Paulo Pimenta.
Eike Batista
De acordo com as investigações, Mantega negociou com uma empresa contratada pela Petrobras o repasse de propina para o pagamento de dívida de campanha de partidos aliados do governo. A polícia faz buscas em endereços da empresas Kriadon, Conceito, JCIS e RT. Elas estariam em nome de Júlio César Oliveira Silva, suposto operador de pagamentos de propina em nome de Eike e da Mendes Júnior. Segundo investigadores, as empresas simulavam prestação de serviços para fazerem pagamentos ilegais no esquema de corrupção da Petrobras.
Em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF), Eike Batista declarou que recebeu um pedido do então ministro e presidente do Conselho de Administração da Petrobras para que fizesse um pagamento de R$ 5 milhões em favor do PT.