ALDO REBELO (PCdoB-SP)
Nasceu em Viçosa (AL) e exercerá, a partir do próximo ano, o sexto mandato consecutivo como deputado federal pela bancada de São Paulo. Na infância, cresceu em uma fazenda em Alagoas que pertencia ao falecido ex-senador Teotônio Vilela, pai do atual governador alagoano, Tetônio Vilela Filho.
É jornalista e foi presidente da Câmara dos Deputados (2005-2007). Na tentativa de obter a reeleição para o cargo de presidente, em fevereiro de 2007, perdeu a disputa por uma diferença apertada de apenas 18 votos.
Entrou para a política pelo movimento estudantil. Presidiu a União Nacional dos Estudantes (1980) e posteriormente elegeu-se vereador por São Paulo (1989-1991).
Exerceu o cargo de ministro de Coordenação Política e Relações Institucionais do governo Lula (2004-2005).
É conhecido pela postura nacionalista e por projetos, às vezes polêmicos, como o de redução de estrangeirismos na língua portuguesa. Atualmente, é o relator da polêmica reforma do Código Florestal Brasileiro, que vem recebendo críticas dos grupos ambientalistas.
Nas eleições municipais de 2008, foi candidato a vice-prefeito de São Paulo na chapa de Marta Suplicy, que acabou derrotada para a coligação do atual prefeito Gilberto Kassab, do DEM.
Lançou, em meados de 2009, o livro que ganhou o título Palmeiras X Corinthians 1945 – O jogo vermelho. O deputado retomou com o livro a prática do jornalismo e sua paixão pelo futebol, especialmente pelo Palmeiras.
ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO (DEM-BA)
Nasceu em Salvador (BA) e foi eleito, em outubro, para o terceiro mandato consecutivo como deputado federal. Foi o candidato mais votado em seu estado. Herdeiro político do avô, o falecido Antonio Carlos Magalhães, destacou-se na legislatura anterior pela boa oratória e pela oposição ferrenha ao governo Lula, especialmente durante o funcionamento da CPI dos Correios, da qual foi integrante. Na CPI, foi ele quem fez a denúncia de que o então secretário-geral do PT, Silvio Pereira, recebera um jipe Land Rover de presente de uma empresa, a GDK.
No segundo biênio da atual legislatura (2007-2011), foi eleito corregedor da Câmara, após a renúncia de Edmar Moreira (sem partido-MG) do cargo. ACM Neto assumiu o cargo já com a missão de investigar fraudes no uso da verba indenizatória de seu antecessor. Moreira foi acusado de usar dinheiro público para pagar as próprias empresas de segurança.
Foi candidato à prefeitura de Salvador, em 2008, mas não alcançou votação suficente para ir ao segundo turno. Obteve 26% dos votos contra 30% dos seus concorrentes. No segundo turno, apoiou João Henrique de Barradas Carneiro (PMDB), o que colaborou para o peemedebista vencer o pleito.
Formado em Direito pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), em 2001, é o primeiro vice-líder do DEM na Câmara e membro titular da Comissão de Constituição e Justiça. Ex-presidente nacional do DEM Jovem, é filiado ao partido desde 1999.
ARNALDO MADEIRA (PSDB-SP)
Nasceu em Santos (SP) e formou-se na Escola de Sociologia e Política de São Paulo, em 1965. Também possui pós-graduação em Sociologia do Desenvolvimento, na Universidade de São Paulo (USP), em 1965. Atuou como professor universitário antes de se envolver com a atividade política.
Assumiu o primeiro mandato como vereador, em 1983, em São Paulo. Logo depois, porém, tornou-se secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano do município de São Paulo. Retornou à Câmara de Vereadores em 1988, ano em que deixou o PMDB para se filiar ao PSDB. Em 1989, reelegeu-se, o que aconteceu também em 1993.
Em 1994, elegeu-se deputado federal, reelegendo-se em 1998, 2002 e 2006. Começou a se destacar no governo Fernando Henrique Cardoso. De 1995 a 1998, Madeira foi o líder do governo na Comissão Mista de Orçamento. De 1998 a 2002, foi o líder do governo na Câmara.
Em 2003, tornou-se o chefe da Casa Civil do governo do estado de São Paulo na gestão de José Serra. Ficou no cargo até 2006. Está, então, de volta à Câmara.
Foi relator de dois projetos importantes: a Lei contra a Lavagem de Dinheiro e a PEC da Previdência Social, proposta por Fernando Henrique.
BETO ALBUQUERQUE (PSB-RS)
Natural de Passo Fundo (RS), nasceu em 3 de janeiro de 1963. Foi reeleito para em outubro para seu quarto mandato consecutivo como deputado federal.
Na última legislatura, foi uma das principais lideranças da base governista na Câmara, e já exerceu a função de vice-líder do governo na Câmara. Antes de entrar para a vida pública, foi mecânico em sua cidade natal.
Presidiu, entre 1995 e 1999, o Diretório Estadual do PSB (RS), foi líder do partido na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (1991-1999) e 3º vice-presidente (1994-1996) da Executiva Nacional do partido.
Advogado, foi deputado estadual duas vezes (entre 1991-1995 e entre 1995-1999) e secretário estadual dos Transportes do Rio Grande do Sul (1999/2002) durante o governo do petista Olívio Dutra.
Em fevereiro de 2009, Beto Albuquerque passou por um forte drama de ordem pessoal. Seu filho, Pietro, de apenas 19 anos, morreu vítima de leucemia. Durante a exibição da novela “Viver a Vida”, da TV Globo, no bloco final onde pessoas davam depoimentos reais, Beto Albuquerque relatou sua experiência.
CÂNDIDO VACCAREZZA (PT-SP)
Nasceu em Senhor do Bonfim (BA). É médico ginecologista e obstetra, formado pela Universidade Federal da Bahia em 1982. Começou a militância política nos anos 70, no movimento estudantil da Bahia, estado onde nasceu. Atuou na reorganização da UNE (União Nacional dos Estudantes) e participou da fundação do Partido dos Trabalhadores no estado. Foi eleito membro do Diretório Regional do PT da Bahia em 1981.
Atuou como secretário de Cultura, Esportes e Lazer da Prefeitura Municipal de Mauá (1998-2000) e diretor-geral do Hospital Municipal Nardine (2000-2001), também em Mauá, antes de assumir o primeiro mandato eletivo. Foi reeleito em outubro para seu segundo mandato na Câmara.
Exerceu dois mandatos de deputado estadual (de janeiro de 2001 a janeiro de 2007) antes de chegar ao Congresso Nacional, para seu primeiro mandato de deputado federal, no qual foi empossado em fevereiro de 2007. Em Brasília, logo se destacou, pela sua capacidade de articulação. Embora pertença à banda mais à esquerda do PT, é amigo do ex-chefe da Casa Civil José Dirceu e ligado ao grupo da ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy.
Em 2008, presidiu a Comissão Especial sobre Edição de Medidas Provisórias, que produziu uma proposta de emenda constitucional que altera o rito da tramitação das MPs. Ele integrou também a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle.
Considerado um bom articulador, de caráter pragmático, Vaccarezza teve papel importante na campanha vitoriosa de Arlindo Chinaglia (PT) para presidente da Câmara dos Deputados no biênio 2007-2008. Em 2009, participou também ativamente da campanha de Michel Temer (PMDB) para a presidência da Câmara. Essas atuações o levaram a se tornar líder do PT em 2009.
Em janeiro de 2010, Vaccarezza tornou-se o líder do governo na Câmara, em substituição ao deputado Henrique Fontana (PT-RS).
CHICO ALENCAR (Psol-RJ)
Nasceu no Rio de Janeiro e formou-se em História pela Universidade Federal Fluminense. É professor licenciado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e atuou como professor de História no ensino fundamental e médio do Rio de Janeiro, na rede pública e privada. Foi reeleito para o terceiro mandato consecutivo.
É autor de 26 livros, como “História da Sociedade Brasileira”, “Brasil Vivo” e “Educar na Esperança em Tempos de Desencanto”. Defendeu tese de mestrado em Educação na Fundação Getúlio Vargas sobre o movimento das Associações de Moradores do Rio.
Começou a carreira política como vereador do Rio de Janeiro, pelo PT, de 1989 a 1996. Candidatou-se, ao fim do mandato, para a prefeitura do Rio. Mas obteve a terceira colocação na disputa, com 642 mil votos, faltando 1,5% para chegar ao segundo turno.
Foi eleito, em 1998, deputado estadual, tendo presidido a Comissão de Direitos Humanos. Foi também vice-presidente da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
Chegou ao Congresso Nacional em 2003 para ocupar uma cadeira de deputado pelo estado do Rio. Foi reeleito na legislatura seguinte, com 119 mil votos, elegendo-se pela primeira vez pelo Psol, partido do qual foi um dos fundadores, após deixar o PT, desiludido com o escândalo do mensalão.
Foi apontado por jornalistas como o deputado que melhor exerceu o mandato em 2009 no Prêmio Congresso em Foco. Este ano, foi novamente apontado o melhor deputado do ano e, pela primeira vez foi eleito este ano o melhor deputado na avaliação dos internautas que participaram da segunda fase de votação.
DARCÍSIO PERONDI (PMDB-RS)
Nascido em Ijuí (RS), formou-se em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande Sul, com pós-graduação em Puericultura e Pediatria. Atuou, por 22 anos, como presidente do Hospital de Caridade de Ijuí (HCI), de 1986 a 2008. Sua atuação parlamentar é muito voltada para o interesse das Santas Casas que têm convênio com o Sistema Único de Saúde. Também ocupou o cargo de presidente e vice-presidente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas do Brasil (AMB). Reelegeu-se na disputa eleitoral em outubro de 2010.
Foi apontado pelos jornalistas que participaram da primeira etapa do Prêmio Congresso em Foco como um dos parlamentares mais atuantes na defesa da saúde.
Iniciou sua carreira política como deputado federal. Está atualmente na quinta legislatura (1995-1999; 1999-2003; 2003-2007; 2007-2011; 2011-2015) tendo sido o relator do Projeto de Lei que reduziu os impostos sobre medicamentos, a Lei que restringiu a propaganda de cigarro e a Lei de Biossegurança.
Durante sua trajetória na Câmara dos Deputados ocupou a vice-liderança do PMDB e vice-liderança do governo. Também foi vice-líder do bloco que integra o PMDB, PTB, PSC e PTC.
DOMINGOS DUTRA (PT-MA)
Nascido em Buriti (MA), atuou como balconista antes de se formar em Direito pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em 1982. Desempenhou ainda a função de professor. Foi reeleito em outubro para o terceiro mandato.
Iniciou sua trajetória política como vereador de São Luís por duas legislaturas (1989-1990; 2001-2002). Também foi vice-prefeito da capital do estado (1997-2001) e deputado estadual por duas legislaturas (1991-1995 e 2003-2007). Chegou ao Congresso Nacional em 1995 para exercer o primeiro cargo de deputado federal, mas renunciou após dois anos de exercício para assumir a vice-prefeitura. Foi eleito novamente deputado federal em 2006.
Este ano Domingos Dutra destacou-se quando resolveu fazer greve de fome contra a decisão do PT de apoiar a reeleição da governadora Roseana Sarney (PMDB) no Maranhão. Roseana sempre foi uma adversária do PT maranhense, mas a direção central do partido definiu o apoio por conta do acerto nacional com o PMDB para a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República. Dutra queria que o PT apoiasse a candidatura da Flávio Dino, do PCdoB. Roseana foi reeleita em primeiro turno.
DR. ROSINHA (PT-PR)
Natural de Rolândia (PR), é pediatra formado em Medicina pela Universidade Pontifícia Católica do Paraná (PUC-PR), com especialização em Saúde Pública e Medicina do Trabalho. Foi fundador do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rolândia. Secretário-geral (1984-1985) e presidente (1985-1987) da Associação dos Servidores Municipais de Curitiba.
Foi apontado pelos jornalistas que participaram da primeira etapa do Prêmio Congresso em Foco como um dos parlamentares mais atuantes na defesa da saúde.
Assumiu o primeiro cargo eletivo apoiado pelo movimento social e sindical como vereador de Curitiba (1989-1991) e posteriormente como deputado estadual (1995-1999) na Assembleia Legislativa do Paraná. Reelegeu-se para o quarto cargo como deputado federal na disputa eleitoral de 2010 (1999-2003; 2003-2007; 2007-2011; 2011-2015).
Adotou como uma das suas bandeiras no plenário a luta contra a terceirização dos serviços públicos e a valorização dos servidores.
Um ano após a posse do terceiro mandato, foi eleito vice-presidente do parlamento do Mercosul. Está no PT desde 1981. É vice-líder do PT na Câmara.
EDSON DUARTE (PV-BA)
Nascido em Juazeiro (BA), formou-se em Patologia Clínica e atuou como técnico em Agropecuária. Também graduou-se em Pedagogia na Universidade Católica do Salvador (UCSAL).
Foi um dos colaboradores do GEMA – Grupo de Estudos do Meio Ambiente – com o objetivo de levar aos alunos um outro foco que não fosse somente o da agricultura irrigada baseada em insumo químicos.
Na juventude, participou do movimento estudantil se envolvendo na criação de muitos grêmios estudantis e diretórios acadêmicos. Na Universidade Católica, integrou o Diretório Acadêmico de Pedagogia. Foi repórter e radialista na Rádio Juazeiro de 1992 a 1993. Chefiou o Setor de Educação Ambiental do Ibama e o Departamento de Administração e Desenvolvimento Rural da Prefeitura de Juazeiro (1989-1992).
Assumiu o primeiro cargo eletivo como vereador (1993-1996) em Juazeiro. Nas legislatura 1996-1998 e 1999-2003, foi deputado estadual na Assembleia Legislativa da Bahia.
Edson Duarte teve atuação destacada na discussão do Código Florestal, opondo-se à linha adotada pelo relator Aldo Rebelo e os grupos ligados ao agronegócio. Este ano tentou, sem sucesso, eleger-se senador.
FÁTIMA BEZERRA (PT-RN)
Nasceu em Nova Palmeira (PB) em 19 de maio de 1955, e foi eleita, em 2010, para seu terceiro mandato consecutivo como deputada federal. Professora da rede pública de ensino desde 1980, é especialista em assuntos educacionais. Sua experiência acadêmico-parlamentar inclui o Encontro Internacional em Solidariedade às Mulheres Cubanas, promovido pela Federação das Mulheres Cubanas, em Havana (Cuba, 1998); e a 5ª Conferência Internacional de Mulheres, em Beijin (China, 1995), quando foi como delegada brasileira.
Foi apontada pelos jornalistas que participaram da primeira etapa do Prêmio Congresso em Foco entre os parlamentares que mais atuam na defesa da educação.
Antes de chegar à Câmara, foi deputada estadual na legislatura 1999-2003 – quando liderou o PT entre 1995 e 2003 na Assembleia Legislativa da Paraíba –, presidente da Associação dos Orientadores Educacionais do Rio Grande do Norte e presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no estado. Foi relatora da regulamentação do Fundeb (fundo para a educação básica).
FERNANDO GABEIRA (PV-RJ)
Nascido em Juiz de Fora (MG), estudou Antropologia na Universidade de Estocolmo, na Suécia, em 1979, mas não chegou a concluir o curso. Atuou como jornalista e envolveu-se com a luta armada durante o período da ditadura militar. É conhecido pela sua atuação no Partido Verde, do qual é membro-fundador (embora tenha tido depois uma passagem pelo PT).
Integrante do grupo Movimento Revolucionário 8 de outubro, conhecido como MR-8, ajudou a sequestrar o embaixador dos Estados Unidos, Charles Elbrick, em 4 de Setembro de 1969. A ação teve como objetivo libertar presos políticos em troca da soltura do embaixador. O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu foi um dos beneficiados. O episódio foi registrado no livro “O Que É Isso, Companheiro?”, que se transformou depois em filme, dirigido por Bruno Barreto.
Exilou-se entre 1970 e 1979 e esteve em países como Chile, Suécia e Itália. Retornou ao Brasil em 1979, com a Lei da Anistia. Em seu exílio na Europa, teve os primeiros contatos com o Movimento Verde, que começava a se organizar em países como a Alemanha. De volta ao país, passou então a atuar como escritor e jornalista nos jornais Zero Hora e Folha de S.Paulo. Após 1985, começou a se aproximar da política partidária, adotando como bandeira a defesa dos direitos das minorias e do meio-ambiente.
Assumiu o primeiro mandato eletivo em 1995, quando foi eleito deputado federal representando seu estado na Câmara dos Deputados. Está atualmente no quarto mandato consecutivo. Na legislatura passada, foi um dos responsáveis pela criação da CPI das Ambulâncias, que investigou um esquema montado com o objetivo de desviar dinheiro para a compra de ambulâncias com recursos públicos. Filiado ao PT no primeiro mandato do presidente Lula, rompeu depois com o governo e o partido, rumando para o PV. Destacou-se no episódio das denúncias contra o ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti, acusado de receber uma mesada para manter uma concessão de restaurante para o empresário Sebastião Buani. Gabeira liderou na ocasião um movimento em defesa da ética na política.
Concorreu à prefeitura do Rio de Janeiro em 2008. Mas foi derrotado no segundo turno, perdendo por uma diferença de menos de dois pontos percentuais contra o candidato peemedebista Eduardo Paes. Este ano disputou a eleição para o governo, mas foi derrotado pelo governador reeleito, Sérgio Cabral, também do PMDB.
O deputado foi o vencedor do Prêmio Congresso em Foco 2008.
FLÁVIO DINO (PCdoB-MA)
É natural de São Luís (MA). Formado em Direito pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) com mestrado em Direito Público pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Juiz federal desde 1994, presidiu a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) entre 2000 e 2002. Renunciou à magistratura em 2006 para se candidatar à Câmara.
Também foi secretário da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Maranhão, secretário-geral do Conselho Nacional de Justiça e membro do Conselho da Justiça Federal.
Exerce atualmente o primeiro mandato eletivo como deputado federal pela bancada do Maranhão. Foi eleito para exercer o cargo na legislatura 2007-2011. Em setembro de 2008, concorreu à prefeitura de São Luís. Foi derrotado nas urnas pelo candidato tucano João Castelo. Candidatou-se ao governo do Maranhão este ano, mas foi derrotado pela governadora Roseana Sarney.
Foi o deputado mais votado pelos internautas em 2008 como parlamentar que mais se destaca no Combate à Corrupção do Prêmio Congresso em Foco.
GASTÃO VIEIRA (PMDB-MA)
Nascido em São Luís (MA), é formado em Ciências Jurídicas (1969) pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e tem mestrado em Direito (1976), além do curso de especialização em Problemas de Desenvolvimento Econômico (1970). Foi reeleito este ano para o quinto mandato consecutivo.
Foi apontada pelos jornalistas que participaram da primeira etapa do Prêmio Congresso em Foco como um dos parlamentares que se destacaram este ano na defesa da educação.
Iniciou a trajetória como deputado estadual (1987-1991). Foi reeleito para exercer o cargo na legislatura 1991-1995. A estréia na Câmara dos Deputados ocorreu em 1995.
Integra a Frente Parlamentar de Valorização do Idoso e é titular no Grupo de Trabalho para a Organização do Ensino Superior.
Entre 1995 e 1998, foi secretário estadual de Educação do Maranhão. No ano passado, licenciou-se da Câmara para assumir a Secretaria de Planejamento e Orçamento do estado.
GUSTAVO FRUET (PSDB-PR)
Nascido em Curitiba (PR), está em seu terceiro mandato na Câmara Federal. É filho do ex-deputado, ex-prefeito e ex-deputado Maurício Fruet e iniciou cedo sua atuação política, tendo sido presidente do Centro Acadêmico Hugo Simas da Universidade Federal do Paraná.
Iniciou a trajetória político-eleitoral em 1996, quando foi eleito vereador em Curitiba pelo PMDB. Dois anos depois, elegeu-se deputado federal, após uma campanha curta, na qual assumiu o lugar do pai. Foi o segundo candidato mais votado em Curitiba, com 45.929 votos.
Já em 2002, foi eleito para o segundo mandato de deputado federal, com 105.166 votos. Reelegeu-se em 2006 com 210.674 votos. Este ano disputou a eleição para o Senado, mas não se elegeu. Foi o terceiro mais votado.
Presidiu a CPI do Proer, que investigou escândalos financeiros no País. Também foi vice-presidente da Comissão de Desenvolvimento Urbano e Interior e relator da Subcomissão de Violência Urbana.
Entre 2005 e 2006, teve papel destacado na CPMI dos Correios, na qual atuou como sub-relator de movimentação financeira. Integrou também a CPI da Crise Aérea, instalada em 2007 para apurar os problemas de gestão no sistema aeroportuário brasileiro e as causas dos recentes acidentes aéreos, e a CPI das Escutas Telefônicas Clandestinas, que investiga abusos no uso de escutas em investigações.
No fim de 2006, recebeu o Prêmio Congresso em Foco, entregue aos parlamentares apontados como os de melhor desempenho no Congresso Nacional.
HENRIQUE EDUARDO ALVES (PMDB-RN)
Nasceu no Rio de Janeiro (RJ) e foi reeleito em outubro para o décimo-primeiro mandato consecutivo, igualando a marca de Ulysses Guimarães (PMDB-SP). Os dois peemedebistas só não acumulam mais mandatos do que o ex-deputado Manoel Novaes (BA), que participou de12 legislaturas (1933-1982), um recorde nacional.
Formado em Direito pela Faculdade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foi diretor presidente da empresa Jornalística Tribuna, no Rio Grande do Norte, estado onde construiu toda sua trajetória política. É filho do ex-governador e ex-ministro Aloísio Alves. Pertence a uma das duas principais oligarquias políticas do Rio Grande do Norte (a outra são os Maia).
É dono da Rede Cabugi, que, além da TV (retransmissora da Globo), inclui ainda a Rádio Globo/Cabugi (AM), de Natal; a 104 FM, de Parnamirim; a Rádio Difusora de Mossoró (AM); a Rádio Cabugi do Seridó (AM), do Seridó; a Rádio Baixa Verde (AM), de João Câmara; e Pereira de Souza (SP)
Foi o relator da lei de participação do capital estrangeiro nos veículos de comunicação. Além disso, foi segundo secretário da Mesa Diretora e já presidiu as comissões de Constituição e Justiça; Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; Legislação Participativa; e de Trabalho, Administração e Serviço Público.
IBSEN PINHEIRO (PMDB-RS)
Nasceu em São Borja (RS) e está no terceiro mandato como deputado federal pela bancada do Rio Grande do Sul. É procurador de Justiça aposentado, jornalista e radialista. Foi cassado depois de ser acusado pela CPI do Orçamento de ter movimentação financeira incompatível com sua renda. O Supremo Tribunal Federal (STF), entretanto, arquivou o processo em 2000. É dirigente esportivo do Sport Club Internacional
A trajetória política começou em 1976, quando foi eleito vereador da cidade de Porto Alegre. Em 1978, foi eleito deputado estadual, sempre pelo PMDB. Também ocupou o cargo de secretário estadual de Comunicação Social. O auge de sua trajetória política foi quando presidiu a Câmara durante o processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor. Ao receber o pedido de afastamento, entregue pelos presidentes da Associação Brasileira de Imprensa, Barbosa Lima Sobrinho, e da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcelo Lavenére, Ibsen cunhou uma frase que era quase uma sentença antecipada de Collor: “O que o povo quer, essa Casa acaba querendo”. Ao final do impeachment, chegou a ser cotado como opção do PMDB para disputar a Presidência da República em 1994.
A sorte de Ibsen virou, porém, com o escândalo dos Anões do Orçamento. Ibsen foi acusado de envolvimento com os deputados do esquema que pertenciam ao PMDB. Num erro de cálculo, os técnicos da Comissão de Orçamento atribuíram a Ibsen um valor de pagamento de propina. Eles confundiram um depósito de apenas R$ 1 mil como se fosse R$ 1 milhão. Essa acusação embasou um pedido de cassação do seu mandato, que acabou sendo acolhido pelo plenário. A informação errada, na época, mereceu reportagem de capa da revista Veja. Anos depois, a revista IstoÉ explorou em outra matéria de capa o erro.
Após a cassação, porém, Ibsen conseguiu retomar sua vida política. Após a retomada de seus direitos políticos, em 2002, concorreu a deputado federal, mas não se elegeu. Em 2004, elege-se vereador de Porto Alegre, tendo sido o candidato mais votado naquela eleição. Em 2006, foi eleito novamente deputado federal. Não disputou as eleições deste ano.
Na volta, com atuação bem mais discreta, Ibsen voltou a ter notoriedade quando apresentou uma emenda ao projeto que regula a exploração do petróleo na camada do pré-sal, que busca distribuir os royalties do petróleo de uma forma uniforme entre os estados da Federação, tirando a concentração dos estados onde estão as jazidas. A emenda de Ibsen foi aprovada na Câmara e modificada no Senado pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS).
ÍNDIO DA COSTA (DEM-RJ)
Nasceu no Rio de Janeiro e formou-se em Direito, com especialização em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Atuou como assessor do Conselho Municipal de Desenvolvimento, no Rio de Janeiro, em 1993. Também como administrador regional do Parque do Flamengo da V Região Administrativa na Secretaria Municipal de Governo.
Iniciou a carreira política como vereador, por três mandatos (1996-2000; 2001-2004; 2005-2007). Estreou na Câmara dos Deputados em 2007 para a atual legislatura, que se encerra em 2011.
Começou a se destacar quando assumiu a relatoria, na comissão, do projeto ficha limpa. Por conta da sua atuação nessa relatoria, foi escolhido candidato a vice na chapa de José Serra, depois de uma confusa negociação. O PSDB escolhera o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), mas o nome foi anunciado antes de o DEM ser consultado. Furioso, o partido ameaçou retirar-se da chapa de Serra. Índio acabou escolhido no último dia previsto pela Justiça Eleitoral, já com a convenção do DEM em andamento.
IVAN VALENTE (Psol-SP)
Nasceu em São Paulo (SP) e foi reeleito em outubro para o quinto mandato como deputado federal. É formado em Matemática pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, em Itajubá (MG), além de ser graduado pela Escola de Engenharia Mauá, em São Caetano do Sul (SP).
Assumiu o primeiro cargo eletivo como deputado estadual na Assembleia Legislativa de São Paulo por dois mandatos (1987-1991, 1991-1995) e chegou à Câmara dos Deputados em 1995, onde permanece desde então.
Em meio à crise do “mensalão,” em 2005, o parlamentar, que foi membro da diretoria do PT por mais de 17 anos, candidatou-se à presidência do partido na chapa de oposição ao campo majoritário. Derrotado, optou por sair do PT e passou a integrar a bancada do PSol, onde permanece desde então. Na discussão do Código Florestal, foi um dos que combateu a versão produzida pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), combatida pelos ambientalistas.
JOSÉ CARLOS ALELUIA (DEM-BA)
Nasceu em Salvador (BA) e foi eleito deputado federal representante da bancada baiana pela quinta vez. Este ano disputou o Senado, mas não se elegeu. Foi o terceiro mais votado.
Formado em Engenharia Elétrica (1969) pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), tem pós-graduação na Escola Federal de Engenharia de Itajubá (MG) e foi presidente da Companhia Hidroelétrica do São Francisco, Chesf (1986/1989).
É especialista em infra-estrutura. Atuou como professor da Escola Politécnica da UFBA (1971-1990).
Já presidiu a Comissão Mista de Orçamento e a de Constituição e Justiça da Câmara. Participou das comissões mistas de Legislação Tributária Federal e Parlamentar Conjunta do Mercosul.
JOSÉ EDUARDO CARDOZO (PT-SP)
Nascido na capital paulista, está no segundo mandato consecutivo como deputado federal.
Advogado e professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC) e mestre em Direito Civil, desde 1993. É o atual secretário-geral do PT.
Foi vereador (1999-/2003) e secretário de governo (1989-1992) na cidade de São Paulo e chefe de gabinete da então ministra da Administração, Luiza Erundina (governo Itamar Franco, 1993).
Na Câmara, presidiu a Comissão Especial da Reforma do Poder Judiciário, foi primeiro vice-presidente da Comissão de Constituição e Justiça e se destacou como sub-relator de contratos da CPI dos Correios.
Em março de 2010, anunciou que, depois de dois mandatos consecutivos, não iria mais concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados. A decisão, segundo ele, foi pessoal e motivada pela ausência de uma reforma política que assegurasse mais transparência ao sistema político brasileiro. Cardozo foi um dos coordenadores da campanha da presidente eleita, Dilma Rousseff (PT). Integra a equipe de transição de governo de Dilma.
Foi o relator da versão final do projeto ficha limpa, que trata da proibição de candidaturas de pessoas condenadas pela Justiça.
JOSÉ GENOINO (PT-SP)
Nasceu em Quixeramobim (CE) e está no sexto mandato como deputado federal. Professor formado em Filosofia, integrou a União Nacional dos Estudantes (UNE) na juventude, onde começou sua trajetória política. Foi militante estudantil e combatente na guerrilha do Araguaia, onde foi preso em 1972. Após capturado pelos militares, passou cinco anos na prisão, onde foi torturado. Solto em 1977, passou a lecionar história.
Foi anistiado em 1979 e participou da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT), partido pelo qual foi eleito deputado federal por São Paulo pela primeira vez em 1983. Permanece no cargo de deputado federal desde então tendo sido eleito na última disputa com mais de 98 mil votos para a legislatura 2007-2011. Não conseguiu votação suficiente este ano para renovar o mandato.
É considerado um dos deputados que melhor conhece o regimento da Câmara. Em julho de 2005, enfrentou a maior crise durante sua trajetória juntamente com seu partido. Estava na presidência do PT no momento da crise do mensalão e confirmou, após depoimentos, ter avalizado dois empréstimos do partido com os bancos Rural e BMG, no valor total de R$ 5,4 milhões. Ele reconheceu ter assinado os documentos de empréstimo em total confiança ao então tesoureiro do partido, Delúbio Soares, pivô do maior escândalo da história recente na política nacional.
Após as denúncias, o parlamentar renunciou à presidência do PT. Mas o parlamentar negou a existência do “mensalão”, supostamente pago a deputados da base do governo para votar projetos de interesse do Executivo, como as reformas da Previdência e tributária.
LUCIANA GENRO (Psol-RS)
Nascida em Santa Maria (RS), a deputada fez curso de Direito na PUC de Porto Alegre, mas não chegou a concluir a graduação. Também não completou o curso de Letras na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
É diplomada em Inglês, 1992, na Universidade de Michigan, EUA, e Universidade de Cambridge, na Inglaterra. É filha de Tarso Genro, que foi ministro da Justiça no governo Lula e governador eleito do Rio Grande do Sul. Em outubro, Luciana Genro não teve votação suficiente para se reeleger.
Iniciou sua trajetória política aos 14 anos, quando se filiou ao Partido dos Trabalhadores. Exerceu o cargo de deputada estadual no Rio Grande do Sul de 1995 a 2002. Em 2003, foi eleita deputada federal pelo PT gaúcho.
Ainda no mesmo ano, foi expulsa do PT juntamente com a senadora Heloísa Helena e os deputados Babá e João Fontes por não seguir a bancada nas votações do partido na reforma da previdência social. Fora do PT, foi uma das fundadoras do Psol.
Em 2006, foi reeleita deputada federal pelo Rio Grande do Sul, dessa vez concorrendo pelo Psol. Em 2008, foi candidata à prefeitura de Porto Alegre. Ficou em quarto lugar.
LUIZ COUTO (PT-PB)
Nasceu em Soledade (PB) e está no segundo mandato consecutivo como deputado federal pela bancada da Paraíba. É professor universitário e sacerdote católico, formado em Filosofia (1969) e em Teologia (1976). Foi coordenador do curso e chefe do Departamento de Filosofia na Universidade Federal da Paraíba.
Iniciou a trajetória política como deputado estadual por dois mandato (1995-1999; 1999-2003). A chegada ao Congresso Nacional ocorreu em 2003, onde permanece desde então no cargo de deputado federal. Presidiu a Executiva do PT em João Pessoa e o diretório regional do partido (1997-1998). Foi reeleito para o terceiro mandato consecutivo este ano.
No início de 2009, o parlamentar envolveu-se em uma polêmica ao questionar publicamente certos dogmas da Igreja Católica. Criticou a proibição do uso de preservativos, o celibato clerical e a intolerância em relação aos homossexuais.
As declarações, noticiadas em entrevista exclusiva do Congresso em Foco, foram imediatamente condenadas pelo arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto. Ao tomar conhecimento da entrevista, reproduzida por vários outros veículos de comunicação, o bispo suspendeu Luiz Couto das atividades sacerdotais. A punição provocou forte reação de movimentos dos direitos humanos e de setores da própria Igreja Católica, que não se conformaram com a condenação sumária do clérigo. A série do Congresso em Foco recebeu menção honrosa na categoria internet no 31º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos.
LUIZA ERUNDINA (PSB-SP)
Nasceu em Uiraúna (PB) em 30 de novembro de 1934, e está no 3º mandato consecutivo. É a mais experiente liderança feminina do Congresso. Foi reeleita este ano para o quarto mandato na Câmara.
Professora universitária e técnica em educação e políticas públicas para a área social, é graduada em Serviço Social (1966) e mestre em Ciências Sociais (1970).
Uma das fundadoras do PT, foi uma das principais estrelas do partido nos seus primeiros anos. Logo em 1983, elegeu-se vereadora no município de São Paulo. Em 1987, tornou-se deputada estadual. Em 1989, chegou ao auge de sua carreira política, quando se elegeu prefeita de São Paulo. Em 1993, era a encarnação de que a independência do PT com relação ao governo Itamar Franco era de fachada. Sem sair do partido (do qual ficou licenciada), ela foi ministra da Administração e depois presidente do Intituto Brasileiro de Administração Pública. Depois da passagem pelo ministério, porém, Luiza começou a se desentender com a direção do PT, e acabou deixando a legenda em 1987, quando se filiou ao PSB.
Erundina é uma das principais críticas do sistema de concessão e renovação, por parte do Congresso, de emissoras de rádio e TV. Sobre o assunto, este site publicou reportagem em junho de 2009 na qual a deputada dizia: “O Congresso dá concessões às escuras”, reclamou.
Na Câmara, liderou o PSB e inspirou a criação da Comissão de Legislação Participativa, tornando-se sua primeira presidente. Integra o Grupo Temático da Reforma Política.
MANUELA D’ÁVILA (PCdoB-RS)
Nasceu em Porto Alegre (RS), e assumiu, em 2007, o primeiro mandato como deputada federal. No Rio Grande do Sul, a jornalista foi a candidata mais votada nas eleições para a Câmara dos Deputados em 2006 e em 2010.
No ano passado, Manuela foi eleita pelos internautas a grande vencedora entre os deputados do Prêmio Congresso em Foco. “O prêmio tem um papel importante, pois avalia a melhor atuação dos parlamentares nas duas Casas. É um debate com a sociedade, que conta com a avaliação final dos milhares de internautas deste país através do voto. Estou muito feliz e satisfeita”, afirmou a deputada na ocasião.
Manuela foi vereadora em Porto Alegre (2005/2006) e vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (2003/2004). Chegou à Câmara ostentando o título de musa da nova legislatura. Seu bom resultado nas urnas se deve, em boa parte, ao gosto de Manuela D’Ávila pela internet e pela interação com o público jovem em comunidades virtuais como Orkut e MSN.
MARIA DO ROSÁRIO (PT-RS)
Nasceu em Veranópolis (RS) em 22 de novembro de 1966. Foi reeleita em outubro de 2010 para o terceiro mandato consecutivo. Foi apontada pelos jornalistas que participaram da primeira etapa do Prêmio Congresso em Foco entre os parlamentares que mais atuam na defesa da educação.
É professora e pedagoga com especialização em violência doméstica pelo Laboratório de Estudo da Criança da Universidade de São Paulo. Foi a organizadora do livro “Conselho Tutelar: gênese, dinâmica e tendências” (Editora Ulbra, 2002).
Duas vezes vereadora (1992/1996 e 1997/1998) e deputada estadual (1999/2003), Maria do Rosário foi a 2ª vice-presidente nacional do Partido dos Trabalhadores. Na Câmara, ela também foi, por duas vezes, a 1ª vice-presidente da Comissão de Educação e Cultura, na qual continua como membro titular. No Congresso, foi relatora da comissão parlamentar mista de inquérito que investigou a exploração sexual de crianças e adolescentes.
A deputada foi filiada ao PCdoB (1985-1994) e está no PT desde 1994.
MAURÍCIO RANDS (PT-PE)
Nasceu em Recife (PE) em 17 de setembro de 1961. Foi reeleito em outubro para o terceiro mandato consecutivo – foi eleito deputado federal pela primeira vez em 2002.
É advogado trabalhista e professor de Direito da Universidade Federal de Pernambuco, com mestrado em Políticas Públicas na América Latina (1991-1992) e doutorado em Política (com tese sobre relações trabalhistas no Brasil publicada na capital inglesa Londres e em Nova Iorque, EUA, em 1999). Ambas as graduações foram cursadas na Universidade de Oxford, na Inglaterra (1992-1996).
Em Recife, foi advogado dos Sindicatos Aliados à Central Única dos Trabalhadores (1982), assessor jurídico do Conselho Regional de Economia (1986-1987), vice-presidente da seccional pernambucana da Ordem dos Advogados do Brasil (1989/1990) e secretário de Assuntos Jurídicos da Prefeitura (2001/2002).
Parlamentar em ascensão na bancada do partido e no próprio Congresso, teve atuação destacada na CPI dos Correios, quando defendeu o governo das denúncias referentes ao escândalo do mensalão. Tal projeção foi acentuada na condição de líder do PT na Câmara, entre 12 de fevereiro de 2008 e 3 de fevereiro de 2009.
MICHEL TEMER (PMDB-SP)
Michel Temer está no sexto mandato consecutivo como deputado federal. Foi eleito, em fevereiro de 2009, pela terceira vez, presidente da Câmara dos Deputados. Em outubro, foi eleito vice-presidente da República, na chapa encabeçada pela presidente eleita, Dilma Rousseff (PT).
Temer já havia presidido a Câmara entre 1997 e 1999. Elegeu-se presidente da Casa no início do ano passado graças ao cumprimento de um acordo firmado entre PMDB e PT, ainda em 2007, para eleger Arlindo Chinaglia (PT-SP). Pelo acerto, caberia ao PMDB indicar o candidato ao cargo na disputa de 2009.
Advogado e professor universitário, Michel Temer é bacharel pela Universidade de São Paulo (USP, 1963) e doutor pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP, 1974), em Direito. Foi procurador-geral do Estado de São Paulo (1983-1984 e 1992) e secretário de Segurança Pública (1984-1986 e 1992-1994).
Eleito pela primeira vez em 1986, o parlamentar participou da Assembléia Constituinte, em 1988. Com a experiência jurídica, integrou a Comissão Especial da Reforma do Judiciário e a da Revisão Constitucional (PEC nº 157/03), como presidente, entre 2005 e 2006, e capitaneou o colegiado que alterou a Edição de Medidas Provisórias (PEC 511/06), em 2008.
Presidente nacional do PMDB, Michel foi reeleito em março de 2007, sendo um dos parlamentares mais influentes no cenário político.
Após ter feito oposição a Lula no mandato anterior, tornou-se um dos principais articuladores da base governista nesta legislatura. O que acabou lhe valendo o convite para ser o candidato a vice na chapa de Dilma Rousseff, do PT, à Presidência.
MIRO TEIXEIRA (PDT-RJ)
Miro Teixeira é carioca nascido em 27 de maio de 1945. Em outubro, foi reeleito para o décimo mandato como deputado federal. É o segundo parlamentar com maior número de mandatos na Casa, atrás apenas de Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), reeleito para a décima-primeira legislatura consecutiva.
No Congresso Nacional, integrou a Assembléia Nacional Constituinte, a Comissão Mista de Orçamentos Públicos e Fiscalização e a CPI do caso Paulo César Farias.
Miro foi o autor da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 130, apresentada ao Supremo Tribunal Federal, que levou à extinção da Lei de Imprensa (Lei 5.250/67). O Supremo deferiu o pedido e considerou a lei inconstitucional. À época, o deputado justificou a ação dizendo considerar a lei retrógrada, uma vez que fora formulada em pleno regime militar ditatorial.
Advogado e jornalista, Miro foi ministro das Comunicações (2003) no primeiro mandato do presidente Lula, a quem apoiou em 2002 por discordar da aliança de seu partido com o PPS em torno da candidatura de Ciro Gomes. Depois de sair do Ministério das Comunicações, tornou-se líder do governo na Câmara. Sua saída da liderança nunca ficou bem explicada. Uma das possibilidades é que tenha saído ao descobrir a existência do mensalão e por discordar dele. A primeira notícia sobre o mensalão, publicada pelo Jornal do Brasil, tinha como fonte, segundo os repórteres, Miro Teixeira. Ele, porém, nunca confirmou ter sido de fato a fonte da reportagem.
Com a decisão do PDT em fazer oposição ao governo, ainda no período Leonel Brizola, Miro saiu do PDT e foi para o PPS. Quando a legenda também passou à oposição, filiou-se ao PT. Quando o PDT voltou a fazer parte da base do governo, Miro retornou para o partido.
PEDRO WILSON (PT-GO)
Pedro Wilson nasceu em Marzagão (GO) em 24 de fevereiro de 1942 e está no terceiro mandato de deputado federal – foi eleito para o cargo pela primeira vez em 1994. É professor universitário, formado em Direito (1969) e Sociologia (1968) pela Universidade Federal de Goiás.
Em Goiânia, foi prefeito (2001/2005) e vereador (1993/1995). Também foi diretor, pesquisador, vice-reitor e reitor da Universidade Católica de Goiás (UCG) e membro da Ação de Cidadania contra a Fome e pela Vida, entre 1992 e 1994. Foi presidente do Comitê Goiano pela Anistia, entre 1978 e 1979.
Na Câmara, foi presidente das comissões de Direitos Humanos e de Educação, Cultura e Desporto. Na atual legislatura, é titular das comissões de Direitos Humanos e Minorias e de Legislação Participativa. Disputou o Senado este ano, mas não se elegeu, foi o terceiro colocado.
RAFAEL GUERRA (PSDB-MG)
Nasceu em Belo Horizonte (MG) e está no seu terceiro mandato consecutivo como deputado federal. Professor universitário, é formado em medicina (1965) pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Faz parte da bancada da saúde e preside a Frente Parlamentar da Saúde desde 2003.
Atualmente é o primeiro-secretário da Mesa Diretora da Câmara. Por iniciativa do deputado, a Câmara unificou as cotas de benefícios parlamentares, como de passagens aéreas e a chamada verba indenizatória. O benefício, apelidado de “cotão”, varia de R$ 23 mil a R$ 34 mil, conforme o estado de origem do parlamentar.
O deputado não participou das eleições deste ano e não voltará ao Congresso a partir de fevereiro. Na Câmara, destacou-se como um dos principais defensores da regulamentação da Emenda 29, que prevê mais recursos para a saúde.
Foi secretário estadual de Saúde de Minas Gerais (1995-1998) e diretor da Faculdade de Ciência Médicas de Minas Gerais (1982-1987). Foi apontado pelos jornalistas que participaram da primeira fase do Prêmio Congresso em Foco como um dos parlamentares mais atuantes na defesa da saúde.
RAUL JUNGMANN (PPS-PE)
Nasceu em Recife (PE) em 3 de abril de 1952 e está no segundo mandato consecutivo. Chegou a cursar Psicologia em Pernambuco, mas não concluiu os estudos. Disputou este ano o Senado, mas não se elegeu, foi o terceiro colocado.
Foi secretário de Planejamento do Governo no Recife (1990/1991), presidiu o Ibama (1995/1996), o Incra (1996/1999) e foi ministro Extraordinário de Política Fundiária (1996/1999) e do Desenvolvimento Agrário (1999/2002).
Presidiu o Seminário Internacional da Reforma Agrária, realizado no Itamarati, em 1998, com a participação do então vice-presidente do Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento, James D. Wolfensohn.
É titular da Comissão de Segurança Pública e foi vice-presidente da CPI das Ambulâncias. Na Câmara, é um dos principais críticos oposicionistas ao presidente Lula.
RITA CAMATA (PSDB-ES)
Deputada constituinte (1987-1991), Rita Camata nasceu em Venda Nova do Imigrante (ES) em 1º de janeiro em 1961, e está no 5º mandato. Disputou este ano o Senado, mas não se elegeu, foi a terceira colocada.
Foi deputada federal de 1987 a 2003. Nos quatro anos seguintes, foi secretária estadual de Desenvolvimento, Infra-Estrutura e Transportes do Espírito Santo, após ter sido candidata a vice-presidente da República (em 2002) na chapa de José Serra (PSDB).
Professora e formada em Jornalismo (Universidade Federal do Espírito Santo, 1985), é casada com o senador Gerson Camata (PMDB-ES).
Foi autora da Lei Camata, que fixa limites para gastos de pessoal no serviço público. A prioridade para as questões das mulheres, infância e idosos é a marca da sua atuação no Congresso. Fundou e presidiu (1990-1997) a Frente Parlamentar Mista pela Criança e pelo Adolescente.
RODRIGO ROLLEMBERG (PSB-DF)
Carioca nascido em 13 de julho de 1959. Está no 1º mandato. Funcionário efetivo do Senado, é formado em História pela Universidade de Brasília (1983). Foi eleito senador este ano.
Foi duas vezes deputado distrital (1995/2002), e secretário de Turismo do DF no governo do então petista Cristovam Buarque (1996/98). Atuou ainda como secretário de Inclusão Social do Ministério de Ciência e Tecnologia no governo Lula (2004/06). Foi ainda chefe de gabinete dos ex-senadores Jamil Haddad (PSB-RJ) e José Paulo Bisol (PSB-RS).
Na Câmara Legislativa do DF, combateu a ocupação desordenada do solo e foi o autor das leis que criaram o Projeto Orla e fixaram regras para coleta do lixo. Lidera a Frente Parlamentar de Valorização do Serviço Público.
Foi o Coordenador Nacional da Juventude Socialista Brasileira, em 1989. Filiado ao PSB desde 1985, é o atual líder da legenda na Câmara dos Deputados.
RONALDO CAIADO (DEM-GO)
Ronaldo Caiado nasceu em Anápolis (GO) em 25 de setembro de 1949 e foi eleito deputado federal pela primeira vez em 1990. Já no primeiro mandato, participou do Congresso Revisor pós-Constituição de 1988. Foi reeleito este ano para o quinto mandato na Casa.
De família tradicional em Goiás, é articulador, negociador e um dos principais líderes da bancada ruralista no Congresso. Fundou e presidiu a União Democrática Ruralista, UDR, em 1987.Em 1989, foi candidato à Presidência da República pelo PSD.
Professor universitário e produtor rural, é formado em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde também concluiu curso de mestrado.
Na Câmara, já presidiu a Comissão de Agricultura e foi relator da CPI da TV Jovem Pan. Em 2009, assumiu a liderança do DEM na Casa, e passou a protagonizar ataques da oposição ao governo.
SARNEY FILHO (PV-MA)
Nasceu em São Luís (MA) e está no sétimo mandato consecutivo como deputado federal pela bancada do Maranhão. É filho do senador e ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP), além de irmão da governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB-MA). Formado em direito, é sócio da TV Mirante e da Rádio Mirante FM.
Começou a trajetória política como deputado estadual (1979-1983). Seu primeiro mandato como deputado federal foi em 1983, onde desde então permanece no cargo. Foi ministro do Meio Ambiente, entre 1999 e 2002. Foi reeleito deputado este ano.
Desde que se filiou ao PV, em 2003, tem atuado com firmeza nas causas ambientais e se defrontado com a bancada ruralista em alguns casos, como na discussão do novo Código Florestal. Foi apontado por jornalistas que participaram da primeira etapa do Prêmio Congresso em Foco como um dos parlamentares que mais atuam na defesa do meio ambiente.
Antes de se filiar ao Partido Verde, foi filiado à Arena, ao PDS (1980-1985) e ao PFL (1985-2003).
VANESSA GRAZZIOTIN (PCdoB-AM)
Embora tenha construído sua carreira política no estado de Amazonas, nasceu em Videira (SC). Foi líder estudantil e hoje é professora com formação em Farmácia pela Universidade Federal do Amazonas. Em outubro, foi eleita senadora.
Nasceu em 29 de junho de 1961. Filiada ao PCdoB desde 1980, Vanessa Graziotinn iniciou sua carreira política em 1989, quando se elegeu vereadora constituinte por Manaus (AM) pela primeira vez (1989-1993).
Ocupou o cargo por mais duas vezes, nas legislaturas de 1993 a 1996 e de 1997 a 1999. Nas eleições de 1998, elegeu-se deputada federal pela primeira vez, e, hoje, exerce o terceiro mandato consecutivo.
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