Dívida de filantrópicas pode chegar a R$ 3,2 bilhões
“Sou servidora pública federal aposentada. Trabalhei no INSS por 30 anos (e não na Receita Federal, como afirmou o representante do Astrogildo).
Os últimos 9 anos de trabalho no serviço público foram dedicados a análises de processos de entidades beneficentes.
Por diversas vezes presenciei os serviços dos auditores fiscais sendo desprezados e essas “filantrópicas” obtendo benefícios que não deveriam ser destinados a elas. O que nos move é a indignação, o descaso com a coisa pública. Muitas dessas entidades pagam fortunas para advogados para obter os benefícios da imunidade. Agora, esses mesmos advogados, que estão enriquecendo às custas dessas “filantrópicas”, ficam difamando o grupo de cidadãos que se dispuseram, como eu, a ajuizar ações populares. E o fazemos somente porque somos conhecedores da matéria, estudamos para tal e nos sentimos aptos a defender o patrimônio público. E a lei da Ação Popular é bastante específica, dizendo que QUALQUER CIDADÃO é parte legítima para propor ações populares.
Leia também
De minha parte posso dizer, seguramente, que nenhum benefício financeiro foi auferido por mim em todos esses anos em que atuo nessas ações populares, nem como autora, tampouco como advogada que sou, diferentemente dos patronos dessas entidades que insistem em dizer que nosso intuito é enriquecer. A esses advogados eu quero dizer que se acham que podem ficar mais ricos ajuizando ações populares, que deixem de defender essas “filantrópicas” e venham defender conosco o PATRIMÔNIO PÚBLICO, que está sendo vilipendiado por conta de benesses concedidas a elas.
Em momento algum recebi qualquer valor proveniente dessas ações. Muito pelo contrário, tenho gastos, como das vezes que tenho que ir para Brasília para acompanhar os processos ajuizados na época em que eu lá residia, ou com despesas diversas para outras ações ajuizados pelo Brasil afora..
PublicidadeSe necessitar de algum esclarecimento, coloco-me à disposição.
Atte,
Maria Bernadete Lima dos Santos
Autora Popular, inclusive da ação em desfavor do Hospital Astrogildo de Azevedo.“