A Polícia Federal monitorou o empresário Luiz Antônio Vedoin, por meio de escutas, e descobriu que o empresário estava enviando a São Paulo um dossiê, encomendado por petistas, contra o candidato tucano ao governo do estado José Serra (PSDB).
Segundo reportagem publicada hoje na edição do jornal Folha de S. Paulo, as escutas também mostraram que Vedoin tentava obter mais dinheiro negociando provas, com outras fontes, sobre a máfia das ambulâncias.
"Como vai sua mãe? Olha, tem aquele recibo aqui, hein?", afirma Vedoin a um interlocutor cujo nome não foi revelado pela PF. Para encontrar outras provas, a PF fez apreensão na casa de Vedoin, de seu pai, Darci, e do cunhado, Ivo Spínola.
"Vedoin está com os bens bloqueados desde a Operação Sanguessuga, feita em maio pela PF. A montadora Iveco cobra dele na Justiça R$ 1,7 milhão referente a veículos vendidos. A quantia é praticamente a mesma apreendida pela PF em São Paulo com Gedimar Passos e Valdebran Padilha", diz a reportagem.
De acordo com o jornal, Vedoin consultou o Ministério Público Federal sobre a possibilidade de cobrar de deputados a restituição de propina que foi paga adiantada por emendas ao Orçamento. O Ministério Público alertou que ele poderia ser preso.
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