O empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin colocou mais um senador sob suspeita de envolvimento com a máfia das ambulâncias. Em depoimento à CPI dos Sanguessugas na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, o sócio da Planam disse que o esquema contou com a ajuda de outro senador além dos três já citados.
O vice-presidente da CPI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), disse que Vedoin não revelou o nome do senador e afirmou apenas que ele conseguiu a liberação de R$ 20 milhões em recursos extra-orçamentários para compra de ambulâncias. Integrantes da comissão acreditam que o empresário pode estar querendo proteger o nome de envolvidos que ainda tenham dívidas com a Planam.
Vedoin já citou o nome de três senadores: Ney Suassuna (PMDB-PB), Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES). Todos negam envolvimento com a máfia das ambulâncias e apresentaram defesa à CPI.
O empresário disse acreditar, no entanto, que eles tinham conhecimento de que suas emendas eram usadas no esquema, o que jogaria por terra a idéia de que assessores teriam colaborado com a fraude sem o consentimento dos parlamentares.
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Jungmann disse ainda que o depoimento de Vedoin será longo e talvez seja necessária retomá-lo amanhã (4).