Nestes tempos estranhos, reconhecer qualquer virtude no ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e no legado dos oito anos de governo tucano significa ser imediatamente enquadrado por uma furiosa turba como “coxinha”, “golpista”, “entreguista” ou coisa pior.
Da mesma forma, ser qualificado como “petralha”, “vendido” ou “chapa branca” é o mínimo que lhe ocorrerá se você ousar atribuir algum mérito ao reinado petista e, especialmente, ao principal líder do PT, o ex-presidente Lula.
Entretanto, qual analista pode, em sã consciência, negar a contribuição que ambos deram ao país?
A passagem de Fernando Henrique pelo Palácio do Planalto foi fundamental para liberar a economia brasileira da submissão à lógica perversa da hiperinflação. Não fosse isso, teria sido impossível realizar tudo o que veio depois, sobretudo com Lula: expressivo crescimento econômico, fortalecimento de políticas sociais e melhoria das condições de vida de milhões de pessoas.
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Tanto petistas quanto tucanos se irritam muito quando são lembrados das semelhanças que guardam entre si, mas o modelão seguido por FHC e por seu sucessor era basicamente o mesmo. Na política, prevalecia o chamado presidencialismo de coalizão. Como PSDB e PT sempre foram minoritários no Congresso, pagavam um preço alto para conseguir governar. Isso exigia distribuir cargos federais e favores diversos a uma ampla gama de partidos, que frequentemente criavam novas dificuldades para abocanhar maiores nacos do Estado.
Havia, porém, dois problemas. Esse modo de garantir sustentação ao governo exigia, de um lado, enorme habilidade política e, do outro, crescente expansão dos gastos públicos. Com Dilma Rousseff vimos o desaparecimento dessas duas pré-condições. Absolutamente inapta para a interlocução com o Parlamento, com os principais segmentos sociais ou mesmo com os seus ministros e demais auxiliares, a presidente também usou e abusou da capacidade de gastar muito e mal.
Não faltaram alertas sobre a inconveniência das bilionárias e mal planejadas isenções fiscais concedidas no primeiro mandato de Dilma ou dos riscos que as agora famosas pedaladas fiscais representavam para toda a política econômica. O relaxamento no combate à inflação, os desacertos de uma equipe descoordenada e o inédito volume de recursos destinado ao pagamento dos juros da dívida completaram o cenário, agravado pela queda dos preços das mercadorias internacionais, um dos principais motores da onda anterior de crescimento.
Foi assim que chegamos aos protestos de junho de 2013, selando o divórcio entre as expectativas de uma sociedade que se modernizou e as mazelas de um sistema político apodrecido. A população tem demonstrado desde então, em massivas manifestações, que não tolera mais tanta corrupção e tanta incompetência.
Reconstruir as pontes entre nação e Estado dependerá de mudanças nos três poderes. Ao Judiciário caberá, principalmente, pôr fim à odiosa impunidade que hoje premia, entre outros, perto de duas centenas de políticos que são alvo de acusações criminais em morosa tramitação no Supremo Tribunal Federal. Já o Executivo e o Legislativo, que até aqui agem como se orbitassem outro sistema solar (incapazes de enxergar as demandas populares), precisarão encontrar uma nova forma de se relacionar, num país que tem enorme necessidade de retomar a marcha do desenvolvimento.
Uma tarefa que só fará sentido se for ampla o bastante para incluir “coxinhas”, “petralhas” e a esmagadora maioria de “não alinhados”.
(Este texto é o editorial que abre a edição mais recente da Revista Congresso em Foco)
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Não sou partidário, mas constitucionalista.
Defendo o voto direto.
A democracia.
A liberdade, a privacidade e a intimidade.
Buscar um empate técnico ou um acordo no momento, é algo quase que impossível.
O fato é que os brasileiros estão sendo cúmplices da própria desgraça.
Estão ajudando a direita a sabotar o país ao comprarem seu discurso antipetista. Ao apoiar as teses políticas fascistas, a população ajuda a deprimir a economia, põe seus empregos e salários em xeque, enfim, os brasileiros, ao apoiarem as teses políticas da direita, estão pondo a corda no próprio pescoço.
Nesses 24 meses, a operação da PF simplesmente paralisou os investimentos e pulverizou a confiança dos agentes econômicos.
Com a tentativa de golpe, sem saber que governo o país teria seis meses à frente ninguém mais investiu um centavo em nada – e o mais irônico é que o fatídico 2015 passou e o governo não caiu.
E o pior é que não se vislumbra, neste momento, um mísero feixe de luz no fim do túnel. As manchetes repetitivas trazendo notícias de novas desgraças econômicas garantem que o governo continuará nesse cai-não-cai e que, nesse meio tempo, ninguém vai investir um centavo no país.
Com isso, não há ajuste fiscal que dê conta. Você poupa dez, mas como a arrecadação não para de cair logo terá que poupar duas vezes dez, três vezes dez…
A direita fica exultante. Quanto mais a recessão se aprofundar mais acha que haverá garantia de que o povo não votará de novo no PT – o que é uma bobagem, porque essa mesma direita está construindo um ambiente em que reerguer a economia e melhorar a vida do povo será dificílimo.
Do lado da população, há uma situação de virtual pânico. O medo do futuro impede o raciocínio. As pessoas ficam furiosas e não querem saber de nada, querem um culpado para malhar. E nada mais.
A culpa por tudo que está acontecendo de ruim na economia é dos fascistas que controlam Globo, Folha, Veja, Estadão, PSDB, DEM e a Operação Lava Jato – esta, uma arma política construída por essas entidades em conluio com setores do Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal.
A cada manchete, uma notícia mal explicada, denúncias sem provas e delações seletivas que vazam ao ritmo da sanha golpista.
Além da desigualdade de acesso ao direito, pesam desconfianças sobre a imparcialidade da Operação. Só Aécio Neves, por exemplo, já foi citado por três delatores. E, embora ele tenha foro privilegiado, as pessoas do seu entorno não têm. E elas não foram abordadas. Uma Justiça que não trata a todos com isonomia não representa um Estado Democrático de Direito.
Ao que parece, existe um Direito Penal para um setor da sociedade, onde se incluem Fernando Henrique Cardoso, Aécio Neves, Eduardo Cunha, José Serra, dentre outros, e um segundo Direito Penal, o Direito Penal do Inimigo. Do ponto de vista político, quem está conduzindo o Brasil é um bandido, é o Eduardo Cunha. Não há escândalo neste País nos últimos 20 anos em que não apareça Eduardo Cunha, seja como ator principal ou como ator coadjuvante.
Qual é a legitimidade desse sujeito para definir o destino político do País? Não tem a menor condição. Um processo conduzido por Eduardo Cunha é ilegítimo por princípio.
Nesse momento, há na sociedade brasileira uma disputa de projetos para o país. Muita gente quer derrubar a presidente Dilma, mas não é por conta da corrupção. Se fosse, suas lideranças deveriam ser arautos da transparência e da luta contra a corrupção.
Mas não são. São sonegadores de impostos, gente que tem conta na Suíça abarrotada de milhões de dólares, investigados em processos de corrupção ou quem tem no serviço público federal remuneração muito acima das regras. O jogo é outro. Apesar disso, ingênuos amarelados bradam contra a corrupção, mas estão nas mesmas fileiras que estão os grandes corruptos. É fácil perceber quem está de um lado e quem está do outro – e quais são os seus interesses econômicos e sociais.
Os “pobres” (isto é, aqueles que ascenderam socialmente ao nível de consumidores) são, em primeiro lugar, ignorantes porque desconhecem as informações que só aquela classe média tradicional alega possuir sobre quem são os bons e os maus políticos. Os pobres são vistos, em segundo lugar, como irracionais, porque as razões que dirigem seu voto são ilegítimas para as prioridades estabelecidas por essa classe média autoritária. E são incompetentes, porque, afinal, são pobres.
É nesse contexto que a ojeriza da direita ao Bolsa Família (seu “assistencialismo”), o ódio às Cotas Raciais (para essa direita brasileira, a sabotagem da “meritocracia”), o espanto diante da abertura dos bens de consumo privativos das classes médias aos remediados (o “capitalismo”, enfim…) poderia ser interpretado. Assim, não é uma agenda conservadora da direita nacional, mas reacionária (uma reação contra a transformação da sociedade brasileira) e fundamentalmente retrógrada (a favor de, se possível, restabelecer a ordem pré – PT).
Para não esquecer, NÃO SOU PARTIDÁRIO. Hoje torna-se obrigatório que os brasileiros façam uma “negociação com a realidade”, afinal todos os partidos políticos no Brasil se financiam através de esquemas legais e ilegais; e que Lula da Silva ainda é eleitoralmente muito forte. A memória do seu governo nas classes populares parece que continua presente. Isto faz com que ele hoje, longe ainda das eleições presidenciais de 2018, já parta de 30% das intenções de voto. Sabemos que brasileiros não se identificam subjetivamente ou ideologicamente com partidos políticos. Pesquisas de opinião, agora em 2016, mostraram que 66% da população não têm simpatia por nenhuma sigla, percentual mais alto desde 1988, conforme o IBOPE. A mesma sondagem mostrou que, daqueles que têm alguma identidade partidária, 14% são simpáticos ao PT e 6% ao PSDB. Todavia, em abril de 2013, antes das jornadas de junho, nada menos que 36% preferiam o PT. Lula é eleitoralmente bem maior que o Partido, é preciso respeitar essas classes populares ou o Brasil vai virar um IRAQUE.
Essa divisão entre coxinhas e petralhas, nós e eles, nordestinos e sulistas passou a existir com o advento do PT, através de discursos proferidos por seu guru.
Antes de Lula havia sim discrepâncias na forma das pessoas pensarem e agirem, afinal nada mais natural que raciocínios díspares, que pontos de vista diferentes, mas suas exposições de ideias criaram essa rivalidade entre compatriotas.
Hoje petistas preocupam-se mais com seu partido que com a nação. Petista não defende seu ponto de vista, petista torce para o PT.
A realidade é que esta implantado a raiva e o ódio, entre governo e oposição, com o objetivo exterminar o partido do governo e o governo, o partido derrotado não aceitou a derrota, e logo começou em seu reduto politico São Paulo a implantar a conta-gotas o ódio entre os dois, começou com pequenos grupos e foi amentando os movimentos de rua contra o governo que já demonstrava a decadência, inflação, segurança, saúde, os movimentos das ruas foram amentando em todo o Brasil e acabou engolindo os movimentos pro governo, culminou com a deprimente votação do impedimento da presidenta, tudo isso aconteceu pois os deputados de olhos nas eleições de 2018, votaram maciçamente, num espetáculo grotesco, votação familiar, e de amizades, e o povo por ultimo, precisa de um pacto entre as duas facções, de conciliação, é o único caminho para solucionar a grave situação que estamos. -ACORDA BRASILEIRO
Nação? O que temos é a aristocracia (coxinha) que quer manter seu status quo às custas da subserviência de milhões de brasileiros.
Na verdade é a velha luta de classes mostrando os seus dentes. De um lado, os donos do Capital. E de outro os subalternos que não admitem a evolução social do país.
Há falhas graves no governo de Dilma Rousseff. Nem por isso merece o seu defenestrar por grupos mais corruptos que os dela.
Já nos enterramos como nação. Se é… que um dia fomos nação.
Realmente não tem como haver diálogo entre aqueles que se julgam donos da verdade e não aceitam que perderam nas urnas e querem a todo custo o poder, não importando que para tal tenham que recorrer a um método simplismente antidemocrático. Um Golpe.
Perfeito.
Complicado, sobretudo, quando a direita retoma o poder de forma abrupta e sob o lema de combater a corrupção.
Logo, os esquemas destes que apoiaram o impeachment venham a tona, ocorra a supressão dos direitos trabalhistas, manutenção de juros altos, o povo ficará ainda mais descrente nas instituições e se enfraquecerá.
Portanto, independente de gosto de lado político, é importante seguir o rito democrático, saber respeitar o tempo da lei.
A cor da bandeira é verde e amarela!!!!
Na verdade, não existe “coxinhas” e “petralhas”.
O que existe é a maioria da população, que TRABALHA, paga impostos, investe e luta para ter um país melhor. Estes são os “coxinhas”.
E outra parte, ligado a uma Organização Criminosa, populista, demagoga e saqueadora, apoiada por uma massa manipulável, sustentada com o dinheiro dos NOSSOS impostos, que não quer perder a boquinha, mesmo porque não prestam para mais nada. Estes são os “petralhas”.
Não é possível acordo, Um dos lados tem que ser extinto.
Escolha o seu, eu já escolhi o meu…
TCHAU QUERIDA!!!
Que idiota! Que falta de cultura. kkkkkk É bobão demais.
Nossa cara, agora vi que você só sabe xingar. É MUITO BURRO MESMO KKKKK
Os coxinhas até param, já os Petralhas duvido, pois estes estão cegos pela ganância e poder absoluto, será que eles vão parar com essa moda de cuspe?, novamente duvido. É mais fácil fazer a montanha vir até Maomé, tirar água de pedra ou coisa parecida, do que convencer petistas e derivados desmiolados a agirem com a ponderação de uma pessoa civilizada, algo que não são. A destruição de fazendas de laranja e árvores para fabricação de celulose, a contaminação intencional de vassoura de bruxa nos cacaueiros, as ameaças de guerra civil por parte dos milicianos petistas, entre outras arbitrariedades já mostrou que eles não querem o diálogo, estão dispostos a tudo para impor suas regras, e a tentativa de impor eleições gerais para salvar o Lula é um exemplo claro disso!
A única Guerra Civil que este país verá é aquela que está em cartaz nos cinemas. Filme excelente, por sinal. Recomendo.
Quem dividiu o país em nós e eles ?
Sempre existiram partidos políticos , mas o Brasil estava em uma altura maior , sendo o marco mais alto das ações dos políticos .
Com o PT tudo mudou .
O partido é o mais importante , e não faz mal sacrificar , mesmo fazer o Brasil falir , para o partido se dar bem .
O que foi o episodio da Petrobras , senão um exemplo claro e declarado do que disse acima .
Não tem arrego . Enquanto o PT não for só saudade e lembrança do passado , teremos no meio dos brasileiros , petistas , que não são brasileiros , prontos para te foder , desde que o partido deles ganhe qualquer coisa .
Petista não é brasileiro . É petista.
“Petista não é brasileiro . É petista.”
Não precisava ter dito mais nada.