O empresário paulista Valdebran Padilha e o agente federal aposentado Gedimar Passos estão prestando depoimento neste momento na Polícia Federal de Cuiabá (MT). Os dois foram presos na sexta-feira (15), em um hotel de São Paulo, com R$ 1,75 milhão.
O dinheiro seria usado para comprar fitas e vídeos apreendidos com Paulo Roberto Trevisan, tio do sócio da Planam Luiz Antonio Vedoin. O material mostra o ex-ministro da saúde José Serra e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin em solenidades de entrega de ambulâncias que teriam sido adquiridas por meio de emendas parlamentares que faziam parte do esquema dos sanguessugas.
Valdebran é ex-tesoureiro do PT de Mato Grosso e filiado ao partido. Gedimar trabalhava no comitê eleitoral de Lula em uma coordenação de tratamento de informações, cuja função era colher quaisquer dados, incluindo publicações em jornais, que pudessem ajudar na montagem de estratégia da campanha.
Segundo o presidente nacional do partido, Ricardo Berzoini, o tratamento de informações era feito com base na legalidade e não envolvia recursos para viagens ou compra de materiais e dossiês.
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A Polícia Federal não descartou a hipótese de fazer uma acareação entre Gedimar e Valdebran e os empresários Luiz Antonio Vedoin e Paulo Roberto Trevisan.