“O fracasso é a oportunidade de começar de novo com mais inteligência e redobrada vontade.” (Henry Ford)
A campanha eleitoral de 2014 – ainda não encerrada, pois teremos segundo turno para presidente da República e, em alguns estados, para governador – representou, para mim, um grande aprendizado. Ela serviu como um exercício prático de democracia, para um candidato que foi para as ruas com o coração aberto, pronto para conquistar os eleitores com base em propostas, de forma limpa, clara, sem nenhum tipo de troca de favores ou de promessas que nunca seriam cumpridas, caso ele fosse eleito.
Fui esse candidato, e, como tal, só tenho a agradecer pelos 22.029 votos que me tornaram suplente da coligação partidária pela qual concorri, liderada pelo PSB, o mesmo partido do – tenho certeza – futuro governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg. Esses eleitores me honraram com seu voto em uma resposta positiva aos meus esforços para realizar uma campanha limpa, em todos os sentidos. Minhas propostas ancoravam-se na experiência de 26 anos como educador e na certeza de que eu poderia contribuir para a melhoria da nossa sociedade na Câmara dos Deputados.
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Agradeço aos mais de 20 mil brasilienses que acreditaram numa campanha sem poluição visual, sem carros de som, sem bandeirinhas, sem carreatas, mas movida a muito suor e repleta de entusiasmo. Sou muito grato aos que confiaram em uma campanha fundada em propostas de árdua defesa, no Congresso Nacional, de questões pertinentes e urgentes para Brasília e para o Brasil!
Sinto-me emocionado e engrandecido pela votação que obtive. Ao mesmo tempo, tenho a triste certeza de que ela poderia ter sido muito maior, a ponto de me garantir uma vaga entre os oito candidatos eleitos, se eu tivesse promovido uma campanha milionária. Alguns dos meus concorrentes chegaram a investir milhões de reais em todos os tipos de propaganda e em estruturas imensas de apoio, com dezenas de cabos eleitorais pagos a peso de ouro. Não entrei nesse esquema. Pelo contrário, conduzi uma campanha de baixo custo, financiada exclusivamente com recursos próprios. Não recebi doações de nenhuma espécie para o meu orçamento de campanha.
Posso, então, dizer, de coração aberto, que, mesmo não tendo sido eleito, sinto-me recompensado por todo o esforço que despendi. Eu dispunha de apenas 12 segundos no horário eleitoral gratuito. Todavia, mesmo com espaço tão diminuto de tempo, preferi levar ao cidadão e eleitor brasiliense mensagens de cidadania capazes de promover mudanças para melhor em nosso dia a dia. Abdiquei, assim, de discutir projetos para um possível mandato na Câmara Federal.
Estou com a consciência tranquila, pois, apesar das muitas limitações, fiquei a poucos votos de ser um dos oito deputados eleitos do Distrito Federal, o que me cria, ainda, a possibilidade de vir a exercer um mandato, caso se abra uma vaga na bancada parlamentar agora eleita pelo DF. Se isso ocorrer, sinto-me perfeitamente apto para a função, lastreado pelos meus 26 anos como educador e pela minha experiência no serviço público, sobretudo como gestor, em 17 anos de atividade.
Acredito ter desempenhado um bom papel nestas eleições. Além disso, experimentei a satisfação de estar ao lado do candidato a governador mais bem votado pela população do Distrito Federal no primeiro turno. Rodrigo Rollemberg desponta, agora, com real possibilidade de vitória no segundo turno. Também estive ao lado do fenômeno Reguffe, que pediu votos para mim enquanto eu fazia o mesmo por ele. Meu compromisso com a candidatura de Rollemberg continua firme, e agora dedicarei todo o meu esforço e minha capacidade de trabalho para ajudá-lo a conquistar sua vitória histórica na capital da República.
Minha candidatura, assim como a de Rodrigo, firmou o compromisso com a seriedade na política e a moralização da administração pública, dois princípios de que não abro mão em hipótese alguma. Por isso, minha principal ação de campanha foi o corpo a corpo com o eleitor e o uso inteligente da internet para me comunicar com a população da nossa querida Brasília. Foram muitos dias de panfletagem, pessoalmente, em vários pontos da cidade, como rodoviária do Plano Piloto, Setor Bancário, feiras e todos os grandes centros comerciais das regiões administrativas. Durante todo o tempo, contei com a colaboração de apenas um pequeno staff de campanha. Trabalhei com a preocupação de evitar a poluição sonora e visual da cidade, sem carro de som e sem cavaletes espalhados pelos gramados e vias públicas.
Finalizada a campanha, posso afirmar que me sinto bem comigo mesmo e não lamento o pouco investimento financeiro que dediquei a ela. Sei que poderia ter ido mais longe, pois não são poucos aqueles que me asseguram ter tomado conhecimento da minha candidatura tarde demais. Orgulho-me de ter realizado uma campanha de ideias, e não de troca de favores, traduzidos em promessas de recompensa para quem votasse em mim. A seriedade e a moralidade administrativa continuarão a ser meus principais compromissos com o eleitor de Brasília, em futuras campanhas. Afinal, tenho certeza de que foi plantada agora, entre os cidadãos, a semente de uma nova visão política, avessa a fisiologismos e ações espúrias, que já deixaram marcas tão sérias e lamentáveis na política brasiliense.
A sociedade quer mudanças. Esse foi o principal recado das urnas em 5 de outubro. E a arte de vencer se aprende nos insucessos. Vamos continuar a trabalhar pelos interesses tão bem expressos pela sociedade, assim como você, caro concurseiro, tem de continuar lutando para alcançar, por meio de concurso público, o seu
Feliz Cargo Novo!