Ronaldo Brasiliense
Por 56 votos a favor, o Senado Federal aprovou na terça-feira, 13, o Projeto de Lei Complementar, de iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que recria a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).
A autarquia foi extinta, por corrupta, no governo Fernando Henrique Cardoso, em maio de 2001, por medida provisória. Como foi alterado no Senado, o projeto volta para votação na Câmara dos Deputados e, se aprovado, segue para sanção do presidente da República.
A Sudam foi palco de um dos maiores escândalos da República no governo FHC: a Polícia Federal e o Ministério Público apuraram, em mais de 250 inquéritos, que as fraudes com os incentivos fiscais do Fundo de Investimentos da Amazônia (Finam) podem ter saqueado os cofres da nação em mais de R$ 1,2 bilhão.
Um dos principais personagens envolvidos nas fraudes é o deputado federal Jader Barbalho (PMDB-PA), apontado pelo juiz federal Alderico Rocha Santos, da 2ª Vara Federal do Tocantins, como “chefe da quadrilha” que saqueou a Sudam.
Mas, passados tantos anos, os procuradores da República permanecem decepcionados com os rumos das investigações e os principais acusados continuam – como anunciava a reportagem que publiquei no jornal O Liberal – “todos ricos, todos soltos”.
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