Mário Coelho
Com a anulação dos atos da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) por decisão judicial, os distritais tiveram nesta terça-feira (2) o reinício dos trabalhos para investigar os processos de impeachment contra o governador José Roberto Arruda (sem partido). A única mudança ocorreu na entrada do deputado Bispo Renato (PR) no lugar de Eurides Brito (PMDB), uma dos oito parlamentares que respondem a processo por quebra de decoro parlamentar por envolvimento no mensalão do Arruda.
Por quatro votos a um, Geraldo Naves (DEM) foi reconduzido à presidência do colegiado. Como já havia dito na semana passada, ele indicou novamente Batista das Cooperativas (PRP) como relator dos três processos de impeachment contra Arruda que tramitam na Casa. Se não houvesse decisão judicial, o prazo de Batista teria se encerrado na semana passada. Hoje, eles voltaram a contar. Ele terá dez dias úteis – renováveis por mais dez – para apresentar relatório sobre o caso. Batista já adiantou que vai analisar os processos no mérito, além de estudar a admissibilidade de cada um. Se considerar os pedidos válidos, eles serão encaminhados à comissão especial, que ainda aguarda configuração.
Batista, apesar de não adiantar sua posição, dá pistas de como deve votar nos casos de impeachment. Novo líder do governo com a saída de Eurides Brito do cargo, ele diz que as pessoas estão “trabalhando muito pela governabilidade, pela continuidade de Arruda”. Questionado se existe um pacto pela permanência do governador, Batista respondeu que há “um grande clamor neste sentido”. “Estamos analisando os casos de forma técnica”, respondeu. Ele disse que vai usar o novo prazo para dar continuidade ao trabalho já feito. “Vamos prosseguir com equilíbrio, sensatez e não fazendo pré-julgamentos”, completou.
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