O presidente do PSDB da Bahia, Jutahy Júnior, censurou 45 segundos do programa eleitoral tucano que vai ao ar na noite desta segunda-feira. O trecho cortado contava com a participação do deputado João Almeida (PSDB-BA), principal aliado baiano do pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckimin, e defensor da aliança entre tucanos e pefelistas. João Almeida apóia também a reeleição do governador Paulo Souto (PFL).
Embora as direções nacionais do PSDB e PFL tenham acertado a aliança para a eleição presidencial, e lei eleitoral da verticalização implica a repetição da aliança realizada em âmbito nacional nos Estados. Jutahy é inimigo ferrenho do senador Antônio Carlos Magalhãe (PFL-BA) e não aceita a aliança com os pefelistas de forma alguma. Ele acha possível fazer campanha para Alckmin presidente e não apoiar Souto para o governo. E sonha com o lançamento da candidatura de João Durval (PDT) numa chapa com o ex-prefeito Antonio Imbassahy (PSDB) para o governo da Bahia.
Almeida lidera o grupo de tucanos na Bahia que homologou sem restrições o acordo PSDB-PFL e ficou irritado com a atitude de Jutahy. Pouco antes de embarcar no fim de semana para Angola, Almeida classificou a medida de "autoritária, antidemocrática e ilegal" e orientou correligionários a tentar garantir sua participação no programa através de mandado de segurança.
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