O Tribunal Superior Eleitoral escolheu três municípios para testar as novas urnas eletrônicas com leitor biométrico. O novo sistema, que deve ser aplicado nos municípios-piloto já nas eleições de 2008, identifica o eleitor por meio da impressão digital e fotografia digitalizada. Mas, para funcionar, depende do cadastramento dos votantes.
Por esse motivo, o tribunal optou por municípios com aproximadamente 15 mil eleitores e que já passariam por um processo de revisão do eleitorado. São eles Fátima do Sul (MS), Colorado do Oeste (RO) e São João Batista (SC).
A intenção do tribunal é estrear as urnas com leito biométrico nesses três municipios já nas próximas eleições para, a partir daí, dar início à implantação nacional. Se o modelo der certo, a estimativa é que o sistema de votação com leitor biométrico seja implantado nos próximos dez anos no restante do país.
A demora na implantação total do novo sistema deve-se ao prazo limite para o cadastramento de eleitores durante anos eleitorais: 12 de março. E como há eleições a cada dois anos, então o tempo restante é exíguo. Além disso, a previsão de gastos com o cadastramento das digitais é de R$ 200 milhões e essa quantia precisa entrar no orçamento da União.
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A maior vantagem do leitor biométrico, segundo os técnicos do TSE, é que ele acabará de vez com a possibilidade de um eleitor votar no lugar de outro. Além disso, não haverá mais necessidade de os mesários liberarem as urnas, já que o reconhecimento da digital do eleitor será o novo método de liberação.
Cadastramento
Para cadastrar as digitais nas três cidades-piloto, o TSE utilizará 60 aparelhos – 20 em cada município – para registrar os dedos polegares e os indicadores dos eleitores. O equipamento é composto de um laptop, um scanner, um software e uma máquina fotográfica e cada aparelho tem um custo de R$ 6 mil.
“Com isso, pretendemos ter uma noção de quanto tempo se gasta com a captação da imagem e cadastramento do eleitor por este novo sistema”, disse o diretor-geral do TSE, Athayde Fontoura.
Apesar do cadastramento das digitais ainda não ter começado, as urnas especiais com leitores biométricos já estão sendo adquiridas pelo TSE. Só no ano passado foram compradas 25 mil urnas, por um preço unitário de US$ 890 mil, o que corresponde a, aproximadamente, R$ 1,6 milhão.
As outras urnas eletrônicas usadas nas eleições passadas e que não possuem o leitor, no entanto, poderão ser adaptadas ao novo sistema a um custo de US$ 15, ou seja, R$ 27. Nas eleições de 2006 foram utilizadas 380 mil urnas, entre elas as 15 mil que já possuem o sistema de leitor biométrico. O sistema, entretanto, estava desligado. (Soraia Costa)
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