O processo custará, ao todo, R$ 600 milhões. Chamou atenção, além do aumento no eleitorado, a diminuição da participação de jovens de 16 e 17 anos. O número, que em 2012 chegou a 3 milhões de jovens, atualmente caiu e está em 2,3 milhões. “Os dados mostram a descrença do jovem com relação à política”, avaliou o ministro Gilmar Mendes, presidente do TSE. “Mostra ainda que os partidos não dão a devida valorização a este eleitor”, concluiu.
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Outra preocupação do TSE é com relação ao baixo número de registro de candidaturas. Apenas 122 candidatos a vereador e prefeito estão certificados até o momento. Para o presidente do tribunal eleitoral, Gilmar Mendes, a demora para registrar as candidaturas gera “insegurança” no processo eleitoral. “Podemos proclamar o resultado, mas ainda sem a certeza sobre o registro”, ressaltou. São esperados, ao todo, de 530 mil a 580 mil registros de candidaturas. Os candidatos têm até o dia 15 de agosto para registrar suas candidaturas.
“Vamos ter muitas impugnações. O resultado das urnas pode ser considerado provisório”, prevê o ministro. Para ele, o teto de gastos das campanhas, a demora no registro das candidaturas e questões como a ficha limpa acarretarão na judicialização das eleições deste ano. “É constrangedor passarmos por isso”, lamentou o ministro. Para evitar ainda mais atraso na divulgação do resultado real das eleições, o TSE autorizou juízes substitutos a avaliar candidaturas nos tribunais regionais eleitorais.
Os dados mostram ainda que o município de São Paulo (SP) é o que possui o maior número de eleitores, com 8.886.324 no total. O menor eleitorado é do município de Araguainha, no Mato Grosso, com 954 eleitores. Também aumentou o número de cidades que poderão ter segundo turno, por terem mais de 200 mil eleitores. Serão 92 nessas eleições, ante 83 em 2012.