Fábio Góis
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou há pouco que as eleições deste ano (1o e 2o turnos), em curso em 5.567 municípios brasileiros, custarão cerca de R$ 480 milhões ao erário. O valor é R$ 70 milhões inferior ao que a União tem disponível para a execução dos pleitos – a dotação orçamentária inicial reservou R$ 549 milhões para as atividades eleitorais. Nas eleições anteriores, foram gastos R$ 450 milhões. Em 2002, R$ 495 milhões.
O montante a ser gasto até o encerramento das votações é de R$ 3,56 por eleitor, em um universo que reúne 135.804.433 votantes. Esse custo é dois centavos inferior ao que foi registrado nas eleições gerais de 2006, quando R$ 3,58 foram gastos por eleitor. Em 2002, R$ 4,31 foram gastos com cada cidadão votante.
Um dos investimentos mais caros foi a aquisição de sistemas de transmissão de informações via satélite, que possibilita a votação nos mais remotos cantos do país. Campanhas de esclarecimento (rádio, TV, impressos etc) e gastos com mesários também foram apontados pelo tribunal entre as principais razões de gastos – R4 82 milhões para custeio de lanches. Cada um dos 2,1 milhões de mesários recebe R$ 20 para a tarefa, um terço dos quais são voluntários.
Ainda segundo o TSE, as proporções continentais do Brasil justificam os gastos, em que o transporte de urnas e demais materiais de votação para cada um dos municípios responde por boa parte dos dispêndios. Serão R$ 35 milhões gastos apenas com o esquema de transporte de material.