O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Carlos Ayres Britto, dispensou, por enquanto, a Força Nacional de Segurança para acompanhar as eleições no Rio de Janeiro. Contudo, o ministro não descartou que o cenário poderá sofrer alterações. “Todas as possibilidades estão em aberto. Tudo vai depender da evolução do processo eleitoral. Não está nada definido.”
No mês passado surgiu a denúncia na Justiça Eleitoral de que milicianos e traficantes de drogas estariam influenciando o processo eleitoral em comunidades carentes da capital fluminense. Além disso, determinados candidatos e até mesmo jornalistas estariam sendo proibidos de entrar em comunidades do Rio de Janeiro.
Ayres Brito também anunciou três medidas para garantir a seguranças nas eleições estaduais do Rio de Janeiro. A primeira medida anunciada é a prioridade que a corte eleitoral dará a inquéritos da Polícia Federal contra candidatos acusados de envolvimento com criminosos.
O presidente do TSE reuniu-se nesta segunda-feira (11) com o ministro Tarso Genro (Justiça), e com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), desembargador Roberto Wider.
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No encontro também foi discutida a possibilidade de fiscais do Tribunal Regional averiguarem a quantidade de cartazes e faixas de um candidato em um mesmo local. Além disso, o TRE deve realizar uma campanha no Rio de Janeiro para conscientizar os eleitores sobre a inviolabilidade da urna eletrônica e do sigilo do voto.
Wider afirmou que um relatório preliminar sobre quais são os candidatos apoiados por criminosos deve ser entregue em 10 dias à Justiça Eleitoral em 10 dias. (Rodolfo Torres)