O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Carlos Ayres Britto, afirmou há pouco que os resultados do segundo turno das eleições municipais deverão ser conhecidos até três horas após o encerramento da votação, que ocorrerá às 19h (horário de Brasília).
Salvo exceções como Manaus (AM), onde o fuso horário conta duas horas a menos do que Brasília, a previsão é que até as 22h de domingo os votos em todo o país estejam computados. A partir das 20h, alguns resultados já serão divulgados.
Ayres Britto afirmou que o risco de falha na apuração neste segundo turno é bem menor do que no primeiro, já que apenas Porto Alegre e Rio de Janeiro trabalharão com urnas antigas, de 1998.
A expectativa do ministro é de que as eleições transcorram em clima de tranqüilidade. Ele conversou com os presidentes dos Tribunais Regionais de Belém (PA), Manaus (AM), Campina Grande (PB) e Benedito Leite (MA), localidades onde a Força Nacional de Segurança estará presente, e assegurou possuir dados concretos para crer que o pleito ocorrerá dentro da normalidade. "Tudo leva a crer que teremos eleição no segundo turno ainda melhor que no primeiro turno", disse.
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Em entrevista concedida após o julgamento de recursos eleitorais nesta tarde, Ayres Britto criticou a troca de insultos entre os candidatos na propaganda eleitoral gratuita. O ministro afirmou que as baixarias são uma forma de queimar o dinheiro do contribuinte.
"Em alguns locais os debates resvalaram para insultos, acusações, o que é jogar o dinheiro do contribuinte pela janela. Esse espaço chamado de horário gratuito só é gratuito para o candidato, porque o contribuinte paga", criticou. (leia mais sobre baixarias na campanha eleitoral)
Em relação ao caso do candidato à prefeitura de Londrina (PR) Antônio Belinati (PP), que teve a candidatura contestada pelo TRE, Ayres Britto afirmou que os votos destinados a ele podem não ser computados em seu nome. No entanto, isso dependerá do resultado do julgamento dos recursos contra Belinati. (leia mais)
"O candidato tem o direito de ser votado. Se, ao final, a computação se fará em nome dele, de modo válido, isso é uma incógnita, depende do resultado do julgamento dos processos", observou. O ministro garantiu que os cerca de mil processos restantes para apreciação, de um total de seis mil, deverão ser julgados até 18 de dezembro, data da diplomação dos candidatos eleitos. (Júnia Gama)