O valor corresponde a quase metade do total pago às 11 empresas contratadas: R$ 152 milhões. A análise Tribunal revelou ainda que técnicos da Novacap (empresa estatal responsável pela fiscalização do empreendimento) já haviam identificado que as obras estavam abaixo dos parâmetros mínimos de qualidade. Porém, mesmo assim, o governo pagou por serviços mais caros do que os efetivamente realizados e por quantidade maior que a realmente utilizada (superfaturamento por quantidade).
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Além disso, usou estimativas de preços de materiais e serviços acima dos valores de referência (superfaturamento por sobrepreço). Para a população, o resultado prático dessas falhas é um asfalto de péssima qualidade, que começou a apresentar problemas em pouco tempo.
Segundo o conselheiro do TCDF, Renato Rainha, “trata-se de um duplo desperdício de recursos públicos: primeiro, pagando por um serviço sem qualidade; depois, tendo que gastar com a manutenção e o conserto das falhas. Isso sem falar nos prejuízos para os carros e motoristas, na piora do tráfego e no risco para a segurança de quem transita pelas ruas”.