Mesmo depois de assassinados quatro candidatos a cargos eletivos em Pernambuco, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do estado recusa, por ora, solicitar o auxílio de forças federais para garantir a segurança durante o processo eleitoral. A explicação oficial: a corte ainda aposta na capacidade das autoridades de segurança pública pernambucanas em manter a ordem.
Segundo a Agência Brasil, o primeiro candidato a ser assassinado foi o candidato à prefeitura de Itaquitinga (zona da mata), o médico Sérgio Ricardo de Souza (PSB). Em seguida, foram mortos o vereador de Terezinha (agreste), o líder sindical Lourinaldo Felix Vieira (PTB), que pleiteava a reeleição.
A terceira vítima foi o índio Mozenir Araújo de Sá (PT), que disputava uma vaga na câmara de vereadores de Cabrobó, sertão pernambucano. O mais recente assassinato ocorreu no último sábado (20), e vitimou o candidato a vereador do município de Saloá (agreste) Fernando Galdino (PR).
A decisão foi mantida hoje (22), após reunião entre o presidente do TRE-PE, desembargador Jovaldo Nunes, e o comando da Polícia Militar pernambucana. “Perguntei a eles se tinham condição de manter a ordem no estado, e a resposta foi positiva. Eles não vislumbram a necessidade [de acionar as forças]”, declarou Jovaldo em entrevista àquela agência, acrescentando que “não está descartada” uma solicitação.
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Além do voto de confiança nas autoridades policiais de Pernambuco, o desembargador justificou sua decisão alegando que os crimes não têm vinculação eleitoral. “Pelo menos dois desses crimes não têm nada a ver com questões políticas”, concluiu Jovaldo, acrescentando que já pediu “atenção especial” às polícias Civil e Militar nos municípios do sertão de Pernambuco com mais ocorrências de crimes políticos, e onde a situação é mais crítica. (Fábio Góis)
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