No entanto, desde a semana passada oposicionistas criticavam a possibilidade de um encontro somente para tratar da reforma política. Vice-líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), diz que a presidenta não ouve a oposição porque não quer. “Tomar esse café no Palácio do Planalto não resolve os cruciais problemas brasileiros. Nós conversamos com a presidente quase todos os dias da tribuna do Parlamento. Se ela desejar ouvir a oposição, terá como ouvir”, disse.
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Segundo o senador tucano, não cabe à oposição reivindicar uma reunião com a presidenta porque as propostas do governo são “manobra diversionista”. “Creio que seria um erro histórico da oposição aceitar [um convite do governo], já que sabemos se tratar de uma manobra diversionista. A oposição não pode ser coadjuvante neste espetáculo de encenação. A presidente deve buscar outros caminhos para dar respostas à revolta popular que há no país”, afirmou.
O líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR) também confirmou a não existência de um convite. Em plenário, fez um discurso contra os gastos do governo brasileiro na Copa do Mundo, o custo com ministérios e o aumento da carga tributária. Para ele, a discussão de um plebiscito é para desviar a atenção. “E a oposição está pronta para indicar oscaminhos e os rumos para um novo Brasil”, afirmou.
Dos partidos de oposição, apenas o Psol esteve com Dilma. O líder no Senado, Randolfe Rodrigues (AP) acabou se encontrando com a presidenta. Ele pediu uma “agenda exclusiva”. Após o encontro, ele disse ser favorável à convocação do plebiscito e sugeriu, entre outros pontos, o fim do financiamento privado de campanha. O senador pediu ainda a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE) e a utilização de 100% dos royalties do petróleo para financiar o setor.