O governador eleito de Sergipe, Marcelo Déda (PT), condenou hoje (1°) as divergências públicas entre os ministros em torno da condução da política econômica. Ao chegar ao Palácio do Planalto, para um encontro com o presidente Lula, Déda disse que "toda briga deve ser banida" e que "é preciso ter claro que quem manda é o presidente".
"Os ministros têm o dever de colaborar colocando suas posições, mas quem define o rumo é o presidente da República e ele já definiu que vai preservar a estabilidade fiscal, ter todo cuidado do mundo para garantir estabilidade econômica e deixar claro que a estabilidade não é uma finalidade em si, que precisa estar vinculada a projetos de crescimento econômico e de distribuição de renda", afirmou.
O governador petista evitou comentar a polêmica frase do ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, de que "a era Palocci acabou". "Não fui eleito para julgar ministros", declarou. O governador ressaltou que o desafio do segundo mandato do governo Lula é "rimar responsabilidade fiscal com social".
Déda não quis comentar sobre a possibilidade do Secretário Geral da Presidência, Luiz Dulci, ou do ministro Tarso Genro virem a presidir o PT. "Ainda é cedo para se discutir nomes. O que precisamos é antecipar a discussão sobre a refundação do partido, que tem novos interlocutores. Não é colocar na agenda um neo-regionalismo, mas que outros estados possam levar um novo sotaque na discussão interna do PT", disse.
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