Após fazer a leitura das matérias em pauta, o presidente em exercício do Senado, Tião Viana (PT-AC), encerrou a Ordem do Dia. Nada foi votado. A sessão serviu apenas para contar prazo para acelerar a votação da CPMF.
A decisão de Tião Viana de abrir e fechar a sessão com apenas 26 senadores em plenário, conforme informações da Secretaria Geral da Mesa, foi alvo de protesto da oposição. O líder do PSDB na Casa, Arthur Virgílio (AM), questionou a realização de uma sessão deliberativa sem a presença de 41 senadores.
"Na minha cabeça nós estamos subvertendo as regras de deliberação. Sou obrigado a fazer um requerimento à Comissão de Constituição e Justiça, porque nunca, em meus quatro anos e meio de Congresso, havia visto isso", disse o tucano.
Para ele, se a sessão de hoje for considerada, o Senado estará abrindo precedente para que nas terças e quartas-feiras, quando normalmente são realizadas as sessões deliberativas, não seja necessária a presença de 41 senadores.
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"Daqui para a frente não fecha nunca mais a Ordem do Dia", argumentou Arthur Virgílio.
Tião Viana lamentou que não houvesse mais senadores em plenário, mas garantiu que a sessão foi realizada dentro das normas previstas no regimento. O petista também garantiu que irá solicitar à Mesa o desconto no salário dos ausentes. (Soraia Costa)
Atualizada às 16h20