Testemunhas que deveriam prestar depoimento nesta quarta-feira (9) em processos contra os deputados federais André Vargas (ex-PT-PR) e Luiz Argôlo (SD-BA) não compareceram ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara. O conselho não tem o poder de convocar pessoas; por isso, nenhuma presença é obrigatória.
Os dois deputados respondem a processos no conselho por suposto envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, deflagrada em março último pela Polícia Federal (PF) para desbaratar um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões.
Das testemunhas previstas para hoje, sete foram indicadas pela defesa de Vargas e outras duas foram convidadas pelo relator do processo contra Argôlo. Elas alegaram “problema de agenda” para faltar ou não se manifestaram sobre o convite. O conselho vai tentar ouvi-las na terça-feira que vem (15).
Para o relator do processo contra Vargas, deputado Julio Delgado (PSB-MG), a ausência das testemunhas representa uma tentativa da defesa de retardar o andamento do processo. A defesa do deputado nega estratégia protelatória. O prazo para Delgado entregar o relatório terminará no dia 12 de agosto. Nos dois casos, tanto de Argôlo quanto de Vargas, os processos podem culminar na cassação dos mandatos.
Leia também
Assine a Revista Congresso em Foco em versão digital ou impressa