O Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse, há pouco, que as políticas de saúde podem parar por falta de dinheiro. Temporão afirmou que, com os recursos atuais, é possível manter alguns programas. Contudo, a verba não é suficiente para aumentar a oferta.
“A saúde pública não pode ficar sendo jogada de um lado para o outro como bolinha de papel. A regulamentação de Emenda 29 é fundamental”, avaliou.
Temporão descartou a possibilidade de usar recursos vindos de impostos de cigarros e bebidas para financiar a saúde. “Os estudos da Receita falam em R$ 1,6 bilhão com esses impostos. É muito menor do que os R$ 10 a R$ 15 bilhões que a saúde precisa", justificou.
Em relação à Contribuição Social da Saúde (CSS) ser a única saída, Temporão responsabilizou o Congresso pela busca de solução. “Pode ser. Mas a decisão é do Congresso. O Congresso que criou esse problema no ano passado tem a responsabilidade de resolver isso”, acusa.
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Enquanto isso na Câmara, governistas se articulam para aprovar o novo imposto. Na manhã desta quarta-feira (4), líderes do governo se reuniram para discutir sobre a CSS. Segundo o líder do PT na Câmara, Maurício Rands (PE), os governistas já têm quase 290 votos.
“A gente só precisa de 257 para ganhar. Acho que a gente pode se surpreender até com uma aprovação mais folgada”, disse. Rands afirmou ainda que os parlamentares vão continuar pressionando o governo para que libere R$ 6 bilhões para a saúde ainda este ano. (Renata Camargo)
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