A saída do ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia trouxe preocupação ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
Questionado hoje (22) à tarde sobre o assunto, Temporão disse desconhecer oficialmente a denúncia oferecida pelo Ministério Público contra Walfrido por envolvimento no “valerioduto” mineiro, mas disse lamentar a saída do colega por considerá-lo "um grande ministro".
Como coordenador político junto à Presidência, Walfrido fazia a articulação com os senadores pela aprovação da proposta de emenda constitucional que prorroga a CPMF por mais quatro anos.
“Mas de todo o modo, eu diria que a minha preocupação pela CPMF é evidente que é muito grande, porque hoje todos os atendimentos de média e alta complexidade são financiados pelos recursos da CPMF “, afirmou Temporão no Palácio do Planalto.
O ministro da Saúde também lembrou que o tributo, cuja arrecadação atual gira em torno de R$ 40 bilhões, está vinculado à regulamentação da Emenda Constitucional 29. Caso o texto da regulamentação da emenda aprovado na Câmara, seja também acatado no Senado, nos próximos quatro anos a saúde receberá R$ 24 bilhões.
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“Então para o ministro da Saúde é o pior dos cenários possíveis a não prorrogação. Mas eu estou confiante”, garantiu Temporão. (Eduardo Militão)