Após uma série de críticas devido ao decreto presidencial que autorizou o uso das Forças Armadas durante a manifestação de ontem, em Brasília, e que previa atuação das tropas até o dia 31 de maio, o presidente Michel Temer revogou o decreto na manhã desta quinta-feira (25), por meio de uma edição extraordinária do “Diário Oficial da União”. Diante do ato, as Forças Armadas estão liberadas de realizar a segurança na Esplanada dos Ministérios.
Na publicação desta quinta-feira (25), o decreto que revoga a decisão de ontem diz que “considerando a cessação dos atos de depredação e violência e o consequente restabelecimento da Lei e da Ordem no Distrito Federal, em especial na Esplanada dos Ministérios, […] fica revogado o decreto de 24 de maio de 2017”. A revogação ocorre menos de 24 horas após a autorização.
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A decisão foi anunciada logo após uma reunião com Temer, os ministros Raul Jungmann (Defesa), Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral), Antônio Imbassahy (Secretaria de Governo) e o general Sérgio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional).
Brasília viveu um dia de caos e tensão nessa quarta-feira. Os ministérios da Agricultura, Planejamento e da Cultura foram incendiados, vários outros foram depredados, cerca de 50 manifestantes ficaram feridos e, na Câmara, parlamentares quase se estapearam. O ato, batizado de #OcupaBrasília, foi convocado pelas centrais sindicais e outros movimentos sociais e estudantis para protestar contra as reformas trabalhista e da Previdência e cobrar a saída do presidente Michel Temer.
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