O presidente Michel Temer reúne-se, novamente, nesta terça-feira (11) com líderes da base aliada ao governo federal na Câmara dos Deputados para discutir a reforma previdenciária e avaliar o cenário para a aprovação da matéria. Também participam da reunião integrantes da Comissão Especial da Reforma da Previdência.
O assunto foi pauta de um encontro que os parlamentares tiveram ontem (10), por quase três horas, com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. Eles buscaram formas de suavizar as regras de transição previstas na proposta. “A questão dos cinco pontos [que serão alterados] já foi negociada. Agora, como fazer para evitar o abismo, o modelo disso, é que está sendo discutido, qual é o melhor formato”, disse o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), ao deixar o encontro.
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No domingo (9), Temer também convocou reunião de emergência, na residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e pediu que os partidos fechassem questão para impor os votos a favor de legendas que o apoiam e punir os dissidentes.
A reunião de emergência foi convocada pelo presidente depois que um dos mais influentes deputados do Democratas, Onyx Lorenzoni (RS), concedeu entrevista ao Congresso em Foco. Publicado no sábado (8), o material exibe um posicionamento até então desconhecido do deputado, com ataques ao governo Temer e garantindo que a reforma previdenciária proposta pelo presidente será inteiramente rejeitada pela Câmara.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma da Previdência considera a idade mínima de 65 anos para aposentadoria e inclui nas regras de transição apenas os trabalhadores que estão acima dos 50 anos, no caso dos homens, e de 45 anos, no caso das mulheres. O projeto prevê um pedágio de 50% para cada ano que falta para a aposentadoria pelas regras atuais. O governo aceitou negociar esse e mais quatro pontos no texto da reforma para facilitar a aprovação.
No encontro de hoje, Temer e a base devem abordar a questão da fidelidade da base aliada, na tentativa de contabilizar quantos votos o governo espera obter para aprovar o relatório, que tem a previsão de ser apresentado no dia 18 pelo relator Arthur Maia (PPS-BA).
PublicidadeCom informações da Agência Brasil