Em entrevista a emissoras de rádio na manhã desta segunda-feira (15), o presidente Michel Temer (PMDB) afirmou que são “fantasiosas” as acusações de que comandou um encontro para acertar propina de R$ 40 milhões ao PMDB, o que chamou de “reunião de mafiosos”. O valor seria uma contrapartida para ajudar a Odebrecht com contratos da Petrobras. “Essa coisa de que, sentado em uma cabeceira, fazendo reunião de mafiosos, e R$ 40 milhões? É muita coisa. Realmente, são coisas fantasiosas, mas que pegaram, porque se divulgou muito. Isso tem de ser apurado ao longo do tempo.”
O encontro foi relatado por Márcio Faria, ex-diretor da Odebrecht Ambiental, em seu acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. Faria disse ainda que o encontro teve a participação dos ex-presidentes da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e foi realizado em São Paulo, no escritório político de Temer, em julho de 2010. Segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por contar com prerrogativa constitucional, Temer não pode ser investigado por atos anteriores ao mandato como presidente da República.
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Faixa de isenção do IR
Segundo Temer, o governo fez uma análise inicial sobre a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), conforme informa o Valor Econômico nesta segunda-feira. Mas, de acordo com o presidente, o assunto está sendo discutido em conversa inicial. Ao ser questionado se a proposta seria para dobrar a faixa de isenção do imposto, como afirma o jornal, Temer se esquivou de resposta objetiva. Afirmou que seria bom e que mais trabalhadores seriam beneficiados. “Mas é uma coisa complicada e foi fruto de uma breve fala que as paredes comentaram.”
Governo estuda dobrar isenção do IRPF e tributar dividendos, diz Valor
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