O presidente Michel Temer foi hostilizado enquanto dava entrevista coletiva no local em que um prédio de 24 andares desabou em chamas, na região do Largo do Paissandu, no Centro de São Paulo. Chamado de golpista, entre outras coisas, Temer interrompeu a entrevista e, levado por seguranças, entrou às pressas no veículo presidencial. Revoltados com a destruição do prédio, que ocupavam irregularmente, moradores arremessaram objetos em direção ao presidente.
“Não poderia deixar de comparecer aqui em São Paulo, sem embargo dessas manifestações, pois eu estava aqui e após essa tragédia para prestar apoio, Defesa Civil e ajuda do governo federal estão à disposição. Serão tomadas as providências para aqueles que perderam seus entes queridos, mas também os que perderam sua habitação. Vamos prestar assistência”, disse Temer em meio aos protestos dos moradores.
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Antes de sair, Temer confirmou que o prédio, que um dia já abrigou a Polícia Federal em São Paulo, é da União. A Defesa Civil faz o cadastramento de 150 famílias que moravam no local. Cerca de 90 delas estavam no edifício quando incêndio começou, por volta de 1h30 da manhã. “O prédio era da União, e nós não pudemos pedir a reintegração, porque, afinal, gente muito pobre, naturalmente, uma situação um pouco difícil. Mas agora serão tomadas providências para dar assistência”, disse o presidente.
Ainda não há balanço oficial de feridos ou vítimas. Pelo menos uma pessoa morreu e quatro estão desaparecidas, segundo os bombeiros. A queda do prédio destruiu parte de uma Igreja Luterana centenária, localizada ao lado.