Temer tomou conhecimento do fato e, em seguida, também ficou sabendo que a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli de revogar a exoneração do presidente da Empresa Brasil de Comunicação, Ricardo Melo, só ocorreu porque a defesa do governo não foi feita pelo advogado-geral da União – que estava na referida viagem a Curitiba.
Fábio Osório é afilhado político do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha – que também não ficou satisfeito com o desenrolar da confusão e apoia a decisão de Temer.
Fábio Osório será o terceiro ministro de Temer a deixar o cargo em menos de um mês. Diferente dos demais, o advogado-geral da União não sairá em decorrência da divulgação de gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, envolvendo a Operação Lava Jato. No último dia 23, Romero Jucá deixou o Ministério do Planejamento e voltou para o Senado em função da publicação de conversas em que ele defende a troca do governo e a construção de um “pacto” para “estancar a sangria” da Lava Jato.
Já na última segunda-feira (30) foi a vez do ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Fabiano Silveira, deixar o cargo após a divulgação de áudios em que foi flagrado orientando o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e Sérgio Machado a se defenderem na Operação Lava Jato.
Leia a íntegra da coluna de Jorge Bastos Moreno, no jornal O Globo