O presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), disse hoje (24) que não acredita que o partido ficará sem ministérios no próximo mandato do presidente Lula. "Evidentemente, eu acredito que, formalizada a coalizão, o presidente, ao compor o seu ministério, vai chamar o PMDB, como de igual maneira fará com os demais partidos", disse o parlamentar.
De acordo com Temer, a questão prioritária da coalizão está em torno de um projeto para o país. Entretanto, Temer fez questão de ressaltar que "disso derivará o auxílio que o presidente vai precisar para a execução destes projetos, e aí entram os partidos aliados".
O presidente do PMDB afirmou ainda que, apesar do "alarde" da imprensa, a formalização do apoio do partido ao próximo governo Lula só acontecerá após a realização do conselho nacional.
O deputado paulista também comentou a possibilidade de o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim se candidatar à presidência do PMDB. Temer disse que não há nenhuma divisão e que o próprio Jobim o procurou para manifestar sua vontade. O peemedebista deu a entender que deixará o comando do partido. "Embora fosse honroso continuar, considero que esses seis anos já me deram bastante experiência e trabalho", disse.