Em depoimento à CPI dos Bingos, o advogado Roberto Teixeira negou há pouco ter tido qualquer participação em esquema de arrecadação ilícita de dinheiro em prefeituras do interior de São Paulo para o PT. "Jamais participei de qualquer esquema de arrecadação de recursos para o PT", afirmou.
O advogado, que é compadre do presidente Lula, também negou ser representante da Cpem (Consultoria para Empresas e Municípios). Há duas semanas, o ex-militante petista Paulo de Tarso Venceslau acusou Teixeira de estar por trás da empresa, envolvida em denúncias de irregularidades em administrações do PT no interior de São Paulo.
Teixeira declarou que a Cpem atuava em mais de 40 municípios de São Paulo e trabalhava para todos os partidos, mas que ele nunca foi proprietário nem advogado da empresa.
"Essa afirmação é falsa. Nunca fiz parte de qualquer esquema de arrecadação de recursos para o PT. E jamais fui proprietáio da Cepem. Meu irmão, Dirceu, era advogado da empresa. Mas eu nunca tive qualquer ligação", disse.
O advogado apresentou, para os senadores, uma certidão expedida pela direção nacional do PT que o exime das acusações. O documento toma por base o relatório final de uma comissão interna criada pelo diretório regional do partido de São Paulo para apurar as denúncias.
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O relator da CPI, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), disse que preferia que Teixeira apresentasse uma certidão da própria comissão interna que investigou as denúncias. O depoente, porém, continuou negando as acusações, afirmando, inclusive, que nunca esteve na prefeitura de São José dos Campos.
Teixeira depõe protegido por habeas-corpus, o que lhe dá direito de permanecer calado caso alguma pergunta o incrimine. "Estou aqui sem constrangimento", afirmou, na abertura do depoimento, acrescentando que está disposto a colaborar integralmente com os trabalhos da CPI.
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